sábado, 31 de agosto de 2013

Dica do dia


XXII Dom. Comum - C

HUMILDADE E CARIDADE



O desejo de grandeza está inscrito na nossa natureza. O orgulho leva-nos a pensar que seremos grandes se nos afirmarmos sobre os outros.  Jesus propõe outro caminho!

1.A SABEDORIA DA HUMILDADE
- Uma forma de grande sabedoria é a humildade.
- A humildade é uma atitude nova, em contra-mão do que pensa o mundo!
- Ser humilde é aceitar-se como se é: com capacidades e defeitos..., mas querer melhorar, progredir no caminho espiritual!
- Sabendo que, diante de Deus que é Tudo, “somos nada”!
- Mas este “nada” não nos entristece, porque participamos do Tudo que é Deus! 
- Dizia S. Teresa de Ávila: "uma vez estava eu a considerar por que razão era Nosso Senhor tão amigo desta virtude da humildade e veio-me isto ao pensamento: é por Deus ser a suma verdade e a humildade é andar na verdade".
- A humildade é então aceitar que Deus é a verdade. A verdade nem está no mundo nem em nós mesmos! Podemos reconhecer a suma verdade que é Deus!

2.DA HUMILDADE À UNIDADE
- “Quem se humilha será exaltado”.
- O orgulho e a arrogância não permitem o diálogo. Muito menos a partilha e a união. Levam-nos a considerar que somos demasiado importantes e que não precisamos de ninguém!
- O orgulho cava a separação entre nós, como o fosso de água usada nos castelos, para afastar os inimigos e proteger os de dentro.
- A humildade produz a comunhão. Como nos diz a Carta aos Hebreus: “Vós aproximaste-vos de uma reunião festiva... de Deus, dos justos...”.
- A humildade permite que sejamos construtores de unidade.
- Cultivar a beleza e a sabedoria do último lugar é uma grande arte!
- O facto de Bento XVI ter renunciado é hoje entendido como a escolha do último lugar, por amor à Igreja de Cristo!

3.HUMILDADE E GRATUIDADE
- “Serás feliz por não terem com que retribuir-te”.
- O amor é gratuidade e não espera compensações humanas. Isto porque Deus é graça para nós, é amor gratuito. É, por isso, normal que a sua presença em nós, se nos abrimos à sua acção, produza sentimentos de gratuidade.
- Jesus não tem nada contra os almoços de família ou entre amigos, pois o Evangelho mostra que os apreciava...
- Por isso, a indicação de convidar os cegos, os coxos, os pobres... numa linguagem muito ao jeito dos profetas, espelhada depois no Magníficat de Nossa Senhora, significa que Jesus quer de nós uma humildade alegre e ativa.
- Trata-se de uma humildade que chega à comunhão, à partilha e que vai ao ponto de amar gratuitamente como Deus faz connosco!
- O último lugar não é uma questão de etiqueta ou de falsa modéstia. A humildade do último lugar prepara o coração para amarmos a Deus e ao próximo.

Como viver esta PALAVRA ?

-                          Jesus quer de nós uma humildade que procura a verdade e, ao mesmo tempo, vive a caridade. Há uma ligação muito forte entre a humildade, a verdade e a caridade. 


Pe. José Cardoso

Agradecimento


sábado, 17 de agosto de 2013

XX Dom. Comum - C

A CHAMA DO AMOR

Nestes dias, fomos confrontados com o fenómeno dos incêndios e suas consequências terríveis.
O fogo aparece na suas contradições de beleza e tragédia. Por vezes, até lhe chamamos o “belo horrível”. Porém, os significados do fogo vão muito além. O fogo simboliza até o amor, que é chamado, no Cântico dos Cânticos, “chamas do Senhor”.

1.UM BATISMO DE FOGO
- Diante de tantos ídolos e de tantas propostas de felicidade fácil, o fogo é sinal do mistério. Como no Antigo Testamento, a nuvem de fogo aponta-nos para o Deus – mistério, que se comunica, mas que não conseguimos abarcar. A primeira consequência é a humildade e abertura diante de Deus.
- Jesus entende a sua morte como um Batismo de purificação, oferecido por todos.  Daí o Batismo cristão ser exactamente para o perdão dos pecados.
- João Paulo II comentava assim esta passagem: "Vim lançar o fogo à terra e que angústias sinto até que se cumpra" (Lc 12, 49-50). Com aquelas palavras Jesus confirma o amor ardente com que quis receber esse supremo "Batismo", para abrir-nos a todos nós a fonte da água que sacia e salva verdadeiramente (cf Jo 4, 13-14)” (Creo en Jesucristo, 383).
- Viver o Baptismo cristão é dizer sim a Deus e aceitar a prova que vem de seguirmos Jesus. Por vezes é difícil, apetece-nos desanimar. Mas vale a pena permanecer fiéis, “fixando os olhos em Jesus”.

2.UM FOGO SOBRE A TERRA
Uma das provas vem do facto de nem todos aceitarem o Senhor, o que provoca 2 contra 3... provoca a divisão que vem do facto de Jesus ser sinal de contradição.
- O fogo significa a intensidade e a força do amor de caridade.
- Este fogo que deve alastrar é o amor que o Espírito derrama nos nossos corações e que é o amor sinal da presença de Cristo entre os seus discípulos.
- Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes como um fogo que brilha e aquece este mundo enregelado.
- O fogo é também sinal da urgência em nos decidirmos por Cristo e em mantermos essa decisão.

3.A FÉ COMO COMBATE
- Permanecer fiéis, perseverantes seja na luta contra o mal, seja renovando diariamente o nosso sim fundamental ao fogo do amor de Deus.
- Lutar e vencer o mal que nos é proposto pelo mundo...
- Lutar contra todas as formas de injustiça.
- Estar atentos à tentação do egoísmo, que se sabe disfarçar de forma habilidosa... é capaz até de se disfarçar até de amor e generosidade...
- Uma das grandes tentações do nosso tempo (e também de todos os tempos) é a ilusão de podermos substituir Deus pelo conforto, consumismo, dinheiro, prazer, fama, poder, admiração da sociedade... a tentação de que todas estas dimensões, que fazem parte da vida (como funções!), se absolutizem e nos digam que já não precisamos da graça de Deus, do seu amor, da sua misericórdia, do fogo que é ação do divino Espírito!
- S. Paulo chama-lhe o “bom combate”, que além da luta contra o mal, significa também levarmos a todos a chama do amor de Jesus!

Como viver esta semana?

- Sejamos todos como atletas olímpicos que levam a chama, a chama do amor de Cristo!

P. Cardoso

sábado, 10 de agosto de 2013

Para refletir


19º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C

Tema do 19º Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus que a liturgia de hoje nos propõe convida-nos à vigilância: o verdadeiro discípulo não vive de braços cruzados, numa existência de comodismo e resignação, mas está sempre atento e disponível para acolher o Senhor, para escutar os seus apelos e para construir o “Reino”.
A primeira leitura apresenta-nos as palavras de um “sábio” anónimo, para quem só a atenção aos valores de Deus gera vida e felicidade. A comunidade israelita – confrontada com um mundo pagão e imoral, que questiona os valores sobre os quais se constrói a comunidade do Povo de Deus – deve, portanto, ser uma comunidade “vigilante”, que consegue discernir entre os valores efémeros e os valores duradouros.

A segunda leitura apresenta Abraão e Sara, modelos de fé para os crentes de todas as épocas. Atentos aos apelos de Deus, empenhados em responder aos seus desafios, conseguiram descobrir os bens futuros nas limitações e na caducidade da vida presente. É essa atitude que o autor da Carta aos Hebreus recomenda aos crentes, em geral.

O Evangelho apresenta uma catequese sobre a vigilância. Propõe aos discípulos de todas as épocas uma atitude de espera serena e atenta do Senhor, que vem ao nosso encontro para nos libertar e para nos inserir numa dinâmica de comunhão com Deus. O verdadeiro discípulo é aquele que está sempre preparado para acolher os dons de Deus, para responder aos seus apelos e para se empenhar na construção do “Reino”.


Para pensar


Jornadas de catequistas em Fátima

Jornadas Nacionais 2013



«Chamados à salvação 
pela fé em Jesus Cristo»
Fátima, 4 a 6 de Outubro de 2013
Inscrições até 15 de Setembro

As Jornadas Nacionais de Catequistas vão realizar-se em Fátima, no auditório do Centro Pastoral Paulo VI, de 4 a 6 de Outubro, com o tema «Chamados à salvação pela fé em Jesus Cristo».

Na sexta-feira, após o acolhimento e a abertura, presidida pelo Sr. D. António Francisco, o padre Emanuel Matos Silva orientará o momento «Rezar com a catequese», um espaço de oração e reflexão sobre a oração. No sábado, dia 5 de Outubro, a manhã será orientada pelo padre José Henrique Pedrosa com o tema «As catequeses da Fé: como a catequese conduz à conversão», e a tarde será dedicada à ateliers e conferências temáticas, concluindo o dia com um serão cultural. No Domingo, o tema «Viver, testemunhar e celebrar a fé» será aprofundado pelos padres Vitor Coutinho e Carlos Cabecinhas. As Jornadas terminam com a celebração da Eucaristia e envio, na Basílica da Santíssima Trindade, presidida pelo Sr. D. Manuel Pelino.

As inscrições dos catequistas da diocese de Leiria-Fátima decorrem até ao dia 15 de Setembro.

Encíclica sobre a Fé

«Lumen Fidei», encíclica do Papa Francisco








Encontro Diocesano de Catequistas

Educar para o sentido cristão do matrimónio e da família: uma afirmação de esperança em tempos conturbados


Sábado
28 de Setembro de 2013
15h00 - 19h30
Seminário de Leiria 

A iniciar as actividades do ano 2013-2014, o Encontro Diocesano de Catequistas decorrerá no dia 28 de Setembro, sábado, na aula magna do seminário de Leiria. O programa começa pelas 15h00, com o acolhimento e oração inicial, seguindo-se o aprofundamento do tema escolhido para orientar a reflexão deste ano: «Educar para o sentido cristão do matrimónio e da família: uma afirmação de esperança em tempos conturbados».


Virá orientar os trabalhos o Prof. Doutor José Eduardo Borges de Pinho, professor da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, que desenvolverá o tema partindo da análise da proposta do matrimónio e da família no contexto actual, para depois ajudar a compreender as interpelações que esta realidade traz à proposta evangelizadora e catequética da Igreja. Com este tema procura-se ajudar os catequistas a iniciar o novo ano pastoral dentro do tema proposto para toda a diocese de Leiria-Fátima, e com uma leitura contextualizada para a sua missão.

Recorda-se que a Diocese, no próximo biénio, terá como tema «Família, comunidade de fé, de amor e de vida», e que o primeiro ano será centrado no «amor conjugal, dom e vocação».

Às 18h30, na igreja do seminário, o Sr. D. António Marto presidirá à celebração da Eucaristia, durante a qual serão entregues os diplomas aos catequistas que terminaram, em 2013, o Curso Geral na Escola «Razões da Esperança»