Pretendemos com este blogue dar a conhecer a paróquia da Ortigosa e facultar algumas informações úteis.
sábado, 26 de outubro de 2013
XXX Dom. Comum - C
ORAÇÃO COMPROMETIDA
O compromisso é uma atitude séria de alguém que, porque aprecia muito uma
causa, é capaz de se esforçar por esse ideal. Diz-se que a nossa cultura de
hoje é uma cultura de moleza, sem esforço nem empenho por nada… Será verdade?
1.ORAÇÃO
HUMILDE
- O publicano ficou a
distância, com os olhos no chão e batendo no peito e ainda rezava: “Tem
compaixão de mim que sou pecador”.
- A oração, além de dever ser perseverante e confiante,
precisa também de ser humilde.
- Dizia S. Agostinho que a oração serve “para que sejamos
capazes de acolher aquilo que Ele (Deus) se dispõe a dar-nos”.
- A oração humilde prepara-nos para qualquer resposta da parte de Deus, pois toda a resposta é sinal do
seu amor por nós!
- Ao contrario, a oração do orgulhoso é como “falar
contra uma parede”: as palavras voltam para trás num eco vazio e estéril... Deus não escuta os soberbos.
- Mesmo sem darmos por isso, também nós podemos cair na
tentação de usar os atos religiosos como afirmação
do nosso “ego”, como manifestação do nosso orgulho, considerando-nos
superiores a todos e fazendo a divisão à nossa volta!
2. APOIADA NA
GRAÇA
- “A oração do humilde atravessa as nuvens” até ao coração de Deus! (1ª L.);
- No caso do publicano, Deus não o escuta por ele ser bom
ou pecador, mas por ser humilde. O
publicano, sentindo-se pecador, sente-se um nada
que se abre ao tudo de Deus!
- O problema do fariseu não é a mentira. A parábola não
diz que não era verdade ele praticar todas aquelas obras nem diz que essas ações
não eram boas.
- O problema do fariseu é que a sua a atitude está errada
desde o início.
- Está centrado sobre o seu “ego”, trata a Deus como um patrão, diante de quem se
pode reivindicar a paga por se ter portado bem.
- Enquanto o publicano está apoiado na graça de Deus
e na sua misericórdia. Ele sabe que nós não temos méritos aos olhos de Deus. O
nosso mérito consiste em nos abrirmos à ação do Espírito Santo em nós.
3.ORAÇÃO
COMPROMETIDA
- Deus não nos ama por sermos bons. Porém, o amor de Deus
em nós é um convite constante e persistente a que sejamos melhores, em cada
dia. Queremos ser bons porque Deus nos
ama!
- Não há oração sem uma decisão de conversão, de mudança de vida! Uma das razões pelas
quais, por vezes, sentimos que Deus não nos ouve é porque nós queremos que Deus
nos ajude, mas não estamos dispostos a abrir-lhe o nosso coração, pois sabemos
que isso implica decidir viver de
acordo com a sua Vontade, deixar o mal e fazer o bem... e por vezes não
queremos isso!
- Não queremos o esforço que exige a conversão e que
significa que a vida da fé é como uma
luta entre o bem e o mal, um combate que dura toda a nossa vida!
- A vida cristã
é , pois, um combate espiritual
contra o mal e o pecado.
- A verdadeira oração é aquela que me abre à
voz do Espírito Santo na consciência e que me desafia sempre a deixar o mal e o
egoísmo para fazer o bem.
- É uma voz que me convida, ainda mais, a
fazer o bem que Deus quer para mim!
Como viver esta PALAVRA ?
- Vivamos a oração na humildade e na realização
do que mais agrada a Deus!
Pe.Cardoso
sábado, 12 de outubro de 2013
Cardeal Tarcísio
Fátima: Secretário de Estado do Vaticano diz que «Segredo» mantém atualidade
Cardeal Tarcisio Bertone evocou sofrimentos da Igreja, na sua primeira intervenção na Cova da Iria
Fátima, Santarém, 12 out 2013 (Ecclesia) – O Secretário de Estado do Vaticano disse hoje em Fátima que o “Segredo” revelado aos Pastorinhos, em 1917, continua a ser atual e a revelar-se no sofrimento da Igreja e no “mal da incredulidade”.
“É impressionante, neste lugar, ver como o coração dos três Pastorinhos bate em uníssono com o coração da Igreja, como amam o Papa, cujos sofrimentos tinham pressentido naquele misterioso cortejo do chamado Segredo de Fátima”, declarou o cardeal Tarcisio Bertone, na saudação inaugural da peregrinação internacional de outubro, na Cova da Iria. Tendo como pano de fundo a profecia sobre os sofrimentos do Papa, que foi revelada na terceira parte do Segredo de Fátima, publicada em 2000, o cardeal italiano falou num “cortejo que acaba em martírio”. “Apesar do seu cabal cumprimento no século XX, aquele cortejo é uma profecia para todos os tempos. Não terminou o mal da incredulidade; não deixou de correr o sangue dos mártires. Este é o sangue da redenção”, relatou. O colaborador mais direto do Papa trouxe uma “bênção” particular de Francisco e rezou pela “Igreja que sofre”, “em prece pelo futuro de toda a humanidade”. “O mundo do futuro – este mundo novo que penosamente vai nascendo na era da globalização – precisa do tesouro da fé, que os cristãos, há dois mil anos, se esforçam por viver e transmitir”, acrescentou. O secretário de Estado cessante do Vaticano é considerado um especialista na Mensagem de Fátima, tendo sido enviado por João Paulo II para dialogar com a irmã Lúcia acerca da interpretação da terceira parte do 'segredo'. Segundo D. Tarcisio Bertone, aquilo que move o coração dos mártires “não é a dor, mas o amor”. “Fátima é um apelo ao amor. Olhando o exemplo e confiando na intercessão dos beatos Francisco e Jacinta e da serva de Deus irmã Lúcia, ofereçamo-nos para aceitar as provações que o Senhor nos envia”, apelou. O cardeal italiano vai ser substituído esta terça-feira no cargo de secretário de Estado do Vaticano por D. Pietro Parolin. OC Ver artigo original |
Papa fala aos catequistas
DISCURSO DO PAPA FRANCISCO
AOS CATEQUISTAS VINDOS A ROMA
EM PEREGRINAÇÃO POR OCASIÃO DO ANO DA FÉ
E DO CONGRESSO INTERNACIONAL DE CATEQUESE
AOS CATEQUISTAS VINDOS A ROMA
EM PEREGRINAÇÃO POR OCASIÃO DO ANO DA FÉ
E DO CONGRESSO INTERNACIONAL DE CATEQUESE
Sala Paulo VI
Sexta-feira, 27 de Setembro de 2013
Sexta-feira, 27 de Setembro de 2013
Amados catequistas, boa tarde!
Gosto de que haja, no Ano da Fé, este encontro para vós: a catequese constitui uma coluna para a educação da fé, e são precisos bons catequistas! Obrigado por este serviço à Igreja e na Igreja. Embora possa às vezes ser difícil – trabalha-se tanto, empenha-se e não se vêem os resultados desejados –, mas educar na fé é maravilhoso! É talvez a melhor herança que possamos dar a alguém: a fé! Educar na fé, para que essa pessoa cresça. Ajudar as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos a conhecerem e amarem cada vez mais o Senhor é uma das mais belas aventuras educativas; está-se a construir a Igreja! «Ser» catequista! Não trabalhar como catequista: isso não adianta! Trabalho como catequista, porque gosto de ensinar… Se porém tu não és catequista, não adianta! Não serás fecundo, não serás fecunda! Catequista é uma vocação. «Ser catequista»: esta é a vocação; não trabalhar como catequista. Atenção que eu não disse «fazer» o catequista, mas «sê-lo», porque compromete a vida: guia-se para o encontro com Cristo, através das palavras e da vida, através do testemunho. Lembrai-vos daquilo que nos disseBento XVI: «A Igreja não cresce por proselitismo. Cresce por atracção». E aquilo que atrai é o testemunho. Ser catequista significa dar testemunho da fé; ser coerente na própria vida. E isto não é fácil. Não é fácil! Nós ajudamos, guiamos para chegarem ao encontro com Jesus através das palavras e da vida, através do testemunho. Gosto de recordar aquilo que São Francisco de Assis dizia aos seus confrades: «Pregai sempre o Evangelho e, se for necessário, também com as palavras». As palavras têm o seu lugar… mas primeiro o testemunho: que as pessoas vejam na nossa vida o Evangelho, possam ler o Evangelho. E «ser» catequista requer amor: amor cada vez mais forte a Cristo, amor ao seu povo santo. E este amor não se compra nas lojas, nem se compra sequer aqui em Roma. Este amor vem de Cristo! É um presente de Cristo! É um presente de Cristo! E se vem de Cristo, parte de Cristo; e nós devemos recomeçar de Cristo, deste amor que Ele nos dá. Para um catequista, para vós e para mim, porque também eu sou catequista, que significa este recomeçar de Cristo? Que significa?
Eu vou falar de três pontos: um, dois e três, como faziam os antigos jesuítas… um, dois e três!
1. Antes de tudo, recomeçar de Cristo significa cultivar a familiaridade com Ele, ter esta familiaridade com Jesus: Jesus recomenda-o, com insistência, aos discípulos na Última Ceia, quando Se prepara para viver o dom mais sublime de amor, o sacrifício da Cruz. Recorrendo à imagem da videira e dos ramos, Jesus diz: Permanecei no meu amor, permanecei ligados a mim, como o ramo está ligado à videira. Se estivermos unidos a Ele, podemos dar fruto, e esta é a familiaridade com Cristo. É permanecer em Jesus! Permanecer ligados a Ele, dentro d’Ele, com Ele, falando com Ele: permanecer em Jesus.
A primeira coisa necessária para um discípulo é estar com o Mestre, ouvi-Lo, aprender d’Ele. E isto é sempre válido, é um caminho que dura a vida inteira! Recordo que, na diocese (na outra diocese que tinha antes), via muitas vezes, no fim dos cursos no seminário catequético, os catequistas saírem dizendo: «Tenho o título de catequista!». Isso não adianta, não tens nada, fizeste apenas um bocado de estrada! Quem te ajudará? Isto sim, que vale sempre! Não um título, mas um procedimento: estar com Ele; e dura toda a vida! É estar na presença do Senhor, deixar-se olhar por Ele. Pergunto-vos: Como estais na presença do Senhor? Quando ides ter com o Senhor, enquanto olhais o Sacrário, que fazeis? Sem palavras… Mas eu falo, falo, penso, medito, ouço… Muito bem! Mas tu… deixas-te olhar pelo Senhor? Sim, deixar-se olhar pelo Senhor. Ele olha-nos, e esta é uma maneira de rezar. Deixas-te olhar pelo Senhor? Mas, como se faz? Olhas para o Sacrário e deixas-te olhar… é simples! É um pouco maçador, adormeço… Se adormeceres, adormeces! Ele olhar-te-á igualmente, olhar-te-á igualmente. Mas, teres a certeza de que Ele te olha é muito mais importante do que o título de catequista: faz parte do ser catequista. Isto inflama o coração, mantém aceso o fogo da amizade com o Senhor, faz-te sentir que Ele verdadeiramente olha para ti, está perto de ti e te ama. Numa das saídas que tive, aqui em Roma, por ocasião de uma Missa, aproximou-se um senhor, relativamente jovem, e disse-me: «Padre, prazer em conhecê-lo; mas eu não acredito em nada! Não tenho o dom da fé!» Ele entendia que a fé era um dom. «Não tenho o dom da fé! Que me recomenda o senhor?» «Não desanimes! Deus ama-te. Deixa-te olhar por Ele. E basta». O mesmo vos digo a vós: Deixai-vos olhar pelo Senhor! Compreendo que, para vós, não é tão simples: especialmente para quem é casado e tem filhos, é difícil encontrar um tempo longo de tranquilidade. Mas, graças a Deus, não é necessário que todos façam da mesma maneira; na Igreja, há variedade de vocações e variedade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo adequado para estar com o Senhor; e isto pode acontecer, é possível em todos os estados de vida. Neste momento, cada um pode interrogar-se: Como é que eu vivo este «estar» com Jesus? Esta é uma pergunta que vos deixo: «Como é que eu vivo este estar com Jesus, este permanecer em Jesus?» Tenho momentos em que permaneço na sua presença, em silêncio, e me deixo olhar por Ele? Deixo que o seu fogo inflame o meu coração? Se, no nosso coração, não há o calor de Deus, do seu amor, da sua ternura, como podemos nós, pobres pecadores, inflamar o coração dos outros? Pensai nisto!
2. O segundo elemento é este – dois – recomeçar de Cristo significa imitá-Lo na saída de Si mesmo para ir ao encontro do outro. Trata-se de uma experiência maravilhosa, embora um pouco paradoxal. Porquê? Porque, quem coloca Cristo no centro da sua vida, descentraliza-se! Quanto mais te unes a Jesus e Ele Se torna o centro da tua vida, tanto mais Ele te faz sair de ti mesmo, te descentraliza e abre aos outros. Este é o verdadeiro dinamismo do amor, este é o movimento do próprio Deus! Sem deixar de ser o centro, Deus é sempre dom de Si, relação, vida que se comunica... E assim nos tornamos também nós, se permanecermos unidos a Cristo, porque Ele faz-nos entrar neste dinamismo do amor. Onde há verdadeira vida em Cristo, há abertura ao outro, há saída de si mesmo para ir ao encontro do outro no nome de Cristo. E o trabalho do catequista é este: por amor, sair continuamente de si mesmo para testemunhar Jesus e falar de Jesus, anunciar Jesus. Isto é importante, porque é obra do Senhor: é precisamente o Senhor que nos impele a sair.
O coração do catequista vive sempre este movimento de «sístole-diástole»: união com Jesus - encontro com o outro. Existem as duas coisas: eu uno-me a Jesus e saio ao encontro dos outros. Se falta um destes dois movimentos, o coração deixa de bater, não pode viver. Recebe em dom o querigma e, por sua vez, oferece-o em dom. Importante esta palavrinha: dom! O catequista está consciente de que recebeu um dom: o dom da fé; e dela faz dom aos outros. Isto é maravilhoso! E não reserva uma percentagem para si! Tudo aquilo que recebe, dá-o. Aqui não se trata de um negócio! Não é um negócio! É puro dom: dom recebido e dom transmitido. E o catequista está ali, nesta encruzilhada de dom. Isto está na própria natureza do querigma: é um dom que gera missão, que impele sempre para além de si mesmo. São Paulo dizia: «O amor de Cristo nos impele»; mas esta expressão «nos impele» também se pode traduzir por «nos possui». É assim o amor: atrai-te e envia-te, toma-te e dá-te aos outros. É nesta tensão que se move o coração do cristão, especialmente o coração do catequista. Perguntemo-nos, todos: É assim que bate o meu coração de catequista: união com Jesus e encontro com o outro? Com este movimento de «sístole e diástole»? Alimenta-se na relação com Ele, mas para O levar aos outros e não para o reter? Eis o que vos digo: Não compreendo como possa um catequista ficar parado, sem este movimento. Não compreendo!
3. E o terceiro elemento – três – situa-se também nesta linha: recomeçar de Cristo significa não ter medo de ir com Ele para as periferias. Isto traz-me à mente a história de Jonas, uma figura muito interessante, especialmente nos nossos tempos de mudanças e incerteza. Jonas é um homem piedoso, com uma vida tranquila e bem ordenada; isto leva-o a ter bem claros os seus esquemas e a julgar rigidamente tudo e todos segundo esses esquemas. Vê tudo claro, a verdade é esta. É rígido! Por isso, quando o Senhor o chama e lhe diz para ir pregar à grande cidade pagã de Nínive, Jonas não quer. Ir lá! Mas eu tenho toda a verdade aqui! Não quer ir… Nínive está fora dos seus esquemas, está na periferia do seu mundo. Então escapa, vai para Espanha, foge, embarca num navio que vai para aqueles lados . Ide ler o Livro de Jonas! É breve, mas é uma parábola muito instrutiva, especialmente para nós que estamos na Igreja.
Que nos ensina? Ensina-nos a não ter medo de sair dos nossos esquemas para seguir a Deus, porque Deus vai sempre mais além. Sabeis uma coisa? Deus não tem medo! Sabíeis isto?! Não tem medo! Ultrapassa sempre os nossos esquemas! Deus não tem medo das periferias. Se fordes às periferias, encontrá-Lo-eis lá. Deus é sempre fiel, é criativo. Mas, por favor, não se compreende um catequista que não seja criativo. A criatividade é como que a coluna do ser catequista. Deus é criativo, não se fecha, e por isso nunca é rígido. Deus não é rígido! Acolhe-nos, vem ao nosso encontro, compreende-nos. Para sermos fiéis, para sermos criativos, é preciso saber mudar. Saber mudar. E porque devo mudar? É para me adequar às circunstâncias em que devo anunciar o Evangelho. Para permanecermos com Deus, é preciso saber sair, não ter medo de sair. Se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista se fecha tranquilo, acaba por ser uma estátua de museu: e temos muitos! Temos muitos! Por favor, estátuas de museu, não! Se um catequista é rígido, torna-se encarquilhado e estéril. Pergunto-vos: Alguém de vós quer ser covarde, estátua de museu ou estéril? Algum de vós tem vontade de o ser? [catequistas: Não!] Não? Têm a certeza? … Está bem! Aquilo que vou dizer agora, já o disse muitas vezes; mas sinto no coração que o devo dizer. Quando nós, cristãos, estamos fechados no nosso grupo, no nosso movimento, na nossa paróquia, no nosso ambiente, permanecemos fechados; e acontece-nos o que sucede a tudo aquilo que está fechado: quando um quarto está fechado, começa a cheirar a mofo. E se uma pessoa está fechada naquele quarto, adoece! Quando um cristão está fechado no seu grupo, na sua paróquia, no seu movimento, está fechado, adoece. Se um cristão sai pelas estradas, vai às periferias, pode acontecer-lhe o mesmo que a qualquer pessoa que anda na estrada: um acidente. Quantas vezes vimos acidentes estradais! Mas eu digo-vos: prefiro mil vezes uma Igreja acidentada que uma Igreja doente! Prefiro uma Igreja, um catequista que corra corajosamente o risco de sair, que um catequista que estude, saiba tudo, mas sempre fechado: este está doente. E às vezes está doente da cabeça…
Atenção, porém! Jesus não diz: Ide, arranjai-vos. Não, não diz isso! Jesus diz: Ide, Eu estou convosco! Nisto está o nosso encanto e a nossa força: se formos, se sairmos para levar o seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com franqueza, Ele caminha connosco, precede-nos, - digo-o em espanhol – nos «primerea». O Senhor sempre nos «primerea»! Decerto já aprendestes o significado desta palavra!. E isto é a Bíblia que o diz, não eu. A Bíblia diz, ou melhor, o Senhor diz na Bíblia: Eu sou como a flor da amendoeira. Porquê? Porque é a primeira flor que desabrocha na primavera. Ele é sempre o «primero»! Ele é o primeiro! Para nós, isto é fundamental: Deus sempre nos precede! Quando pensamos que temos de ir para longe, para uma periferia extrema, talvez nos assalte um pouco de medo; mas, na realidade, Ele já está lá: Jesus espera-nos no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sem fé. Vós sabeis uma das periferias que me faz tão mal, tão mal que me faz doer (senti-o na diocese que tinha antes)? É a das crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Em Buenos Aires, há muitas crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Esta é uma periferia! É preciso ir lá! E Jesus está lá, espera por ti para ajudares aquela criança a fazer o Sinal da Cruz. Ele sempre nos precede.
Amados catequistas, acabaram-se os três pontos. Recomeçar sempre de Cristo! Agradeço-vos pelo que fazeis, mas sobretudo porque estais na Igreja, no Povo de Deus em caminho, porque caminhais com o Povo de Deus. Permaneçamos com Cristo – permanecer em Cristo –, procuremos cada vez mais ser um só com Ele; sigamo-Lo, imitemo-lo no seu movimento de amor, no seu sair ao encontro do homem; e saiamos, abramos as portas, tenhamos a audácia de traçar estradas novas para o anúncio do Evangelho.
Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos acompanhe! Obrigado!
Maria é nossa Mãe; Maria, sempre, nos leva a Jesus! Elevemos uma oração, uns pelos outros, a Nossa Senhora [Ave Maria]. [Bênção]. Muito obrigado!
XXVIII Dom. Comum - C
A GRATIDÃO COMO AMOR
Diz-se que a nossa cultura dá
muita importância à gratidão. E isso sente-se no dia-a-dia. Gostamos de ser
agradecidos a quem nos faz bem. Sentimo-nos em obrigação, por isso dizemos
“obrigado”.
1.DEUS É O NOSSO AUXÍLIO
- A história da salvação diz-nos
que Deus continua a realizar as suas maravilhas. Como aquela jovem Floribeth
(da Costa Rica) que estava paralisada, com aneurisma cerebral, e, de noite,
ouviu uma voz dizer-lhe: “Levanta-te e não tenhas medo”. E inexplicavelmente
começou a caminhar. Na véspera ela tinha pedido a cura através da intercessão
do Papa João Paulo II.
- É quando o ser humano está em grande aflição que Deus vem ao nosso
encontro. Embora nem sempre Deus responda com ações espetaculares ou milagres,
Ele sempre nos ouve e atende, como no caso dos leprosos.
- A lepra é uma boa imagem de outra
doença: o pecado. Como a lepra, o pecado destrói-nos por dentro, corta a
relação com os outros e com Deus, fecha-nos na gruta da nossa fragilidade,
fecha-nos as janelas da vida e da felicidade.
- Jesus realiza dois tipos de cura:
da lepra exterior, que beneficiou todo o grupo dos 10, e a cura como oferta de
salvação, que só beneficiou um, porque os outros estavam fechados à novidade de
Jesus Cristo.
- O Samaritano descobriu que Jesus não era só o médico, mas também o remédio para todos os males. Ele não
é só o Salvador, mas a própria salvação!
2.A GRATIDÃO É
ATITUDE DE FÉ
- A palavra de hoje fala-nos de gratidão. Diante do amor de Deus
manifestado, o normal é ver a alma a cantar em júbilo e louvor!
- A gratidão não é automática: 9 não voltaram para trás... Só agradece quem
está totalmente atento à novidade que nos vem da parte de Deus.
- A gratidão é uma atitude verdadeiramente humana e cristã. Se de Cristo recebemos a cura de todas as nossas
doenças, especialmente daquelas que ninguém
mais nos consegue curar, o mínimo que podemos fazer é deixar que a alma
cante o “Magnificat” a Deus que
continua a realizar as suas maravilhas.
- Nós vivemos para o Senhor e a nossa vida deve dar glória a Deus constantemente. “Se sofremos com Cristo, com Ele
reinaremos. Ele permanece fiel”.
3.A GRATIDÃO É
EXPRESSÃO DE AMOR
- O Catecismo da Igreja Católica, citando Paulo VI, diz que “a visita ao Santíssimo Sacramento é uma
prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo
nosso Senhor” (nº1418).
- Só agradece quem ama. E,
poderíamos acrescentar, “quem é bem educado”!
- Porém, na sua essência, a gratidão é um ato de reconhecimento pelo bem
que alguém nos fez. É uma questão de justiça, mas sobretudo de amizade e amor!
- Quem se deixa amar por Deus começa a viver a fé. Quem vive uma fé
verdadeira, procura amar a Deus, descobrindo e concretizando constantemente a
“Vontade de Deus”, isto é, procurando realizar o seu desígnio de amor sobre
cada um de nós e que corresponde ao nosso maior bem e felicidade!
- Jesus ensina-nos que a gratidão também se vive na oração. Essa é uma atitude presente constantemente nos salmos,
que são orações inspiradas: “Aclamai o Senhor terra inteira. Exultai de alegria
e cantai”.
Como viver esta PALAVRA ?
- Procuremos rezar todos os dias e começar a nossa
oração pelo louvor a Deus !
Pe. Cardoso
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