terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Santa Maria Mãe de Deus

CONSTRUTORES... da... PAZ!

Quantas vezes dizemos esta oração, seja com fé seja como desabafo diante de uma situação menos boa: “Que Deus nos livre e guarde!”

1. A PAZ É DOM DE DEUS
- O mesmo pedido faziam os sacerdotes sobre o povo quando se reunia para os sacrifícios da manhã.
- O sacerdote dizia esta oração de bênção (da 1ª leitura)... em que se pedia proteção, auxílio, favor, ajuda, misericórdia...
- E para que não faltasse nada de importante, acrescentava: “O Senhor... te conceda a paz”! A paz era entendida como um concentrado de todos os bens (o shalom)!

3.A PAZ NA MENSAGEM DO PAPA (2013)
- As inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus. “Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9).
- As bem-aventuranças não são meras recomendações morais... mas consistem sobretudo no cumprimento duma promessa feita a quantos se deixam guiar pelas exigências da verdade, da justiça e do amor. Compreenderão que não se encontram sozinhos, porque Deus está do lado daqueles que se comprometem com a verdade, a justiça e o amor.
- De modo particular, Jesus Cristo dá-nos a paz verdadeira, que nasce do encontro confiante do homem com Deus.
- A paz envolve o ser humano na sua integridade e supõe o empenhamento da pessoa inteira: é paz com Deus, vivendo conforme à sua vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação.
- A paz implica principalmente a construção duma convivência humana baseada na verdade, na liberdade, no amor e na justiça. A realização da paz depende sobretudo do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana. Por isso mesmo, a Igreja está convencida de que urge um novo anúncio de Jesus Cristo, primeiro e principal fator do desenvolvimento integral dos povos e também da paz. Na realidade, Jesus é a nossa paz, a nossa justiça, a nossa reconciliação (cf. Ef 2, 14; 2 Cor 5, 18).
- O obreiro da paz, segundo a bem-aventurança de Jesus, é aquele que procura o bem do outro, o bem pleno da alma e do corpo, no tempo presente e na eternidade. Assim, os verdadeiros obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida humana em todas as suas dimensões: pessoal, comunitária e transcendente. A vida em plenitude é o ápice da paz. Quem deseja a paz não pode tolerar atentados e crimes contra a vida.
- Concretamente na atividade económica, o obreiro da paz aparece como aquele que cria relações de lealdade e reciprocidade. Exerce a atividade económica para o bem comum, vive o seu compromisso como algo que ultrapassa o interesse próprio, beneficiando as gerações presentes e futuras.

3.A PAZ É BENÇÃO DO PRESÉPIO
- A paz é a paz do Presépio, deste “Menino deitado na manjedoura”.
- Do presépio nos vem a misericórdia que sara as feridas e nos coloca em paz com Deus e connosco próprios!
- Da gruta, nasce a fraternidade que nos faz olhar para todos (mesmo todos) como irmãos e irmãs em Cristo! O cristão cultiva a paz com os seus vizinhos e não se importa do esforço e até do sacrifício para conseguir a paz como bem maior!
- De Belém, brota uma nova paz com toda a criação, pelo nosso compromisso em trabalharmos pela ecologia, como forma de construirmos a paz com a natureza!

Vivamos neste início de ano: “Bem-aventurados os construtores da paz, porque serão chamados filhos de Deus” !

P. Cardoso


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