domingo, 28 de abril de 2013

V DOMINGO DE PÁSCOA


A ARTE DO AMOR

Diz um psicólogo italiano que hoje somos infelizes porque nos falta cultivar o “bem relacional”! Como fazer? A Palavra de hoje poderá ser a luz que nos falta!

1.”RENOVAR TODAS AS COISAS”
- Disse então Aquele que estava sentado no trono: “Vou renovar todas as coisas”.
- A Páscoa é uma avalanche de vida nova e renovação! É a Primavera do Espírito.
- A humanidade nova é como “noiva adornada para o seu esposo”, para a festa plena!
- As “núpcias do Cordeiro” consistem nessa nova festa que vem da “morada de Deus com os homens”.  Um banquete que será perfeito na glória de Deus, mas que estamos convidados a saborear já nesta terra.
- No Apocalipse, S. João assegura que a Igreja - esposa do Cordeiro - recebe d'Ele, como da sua fonte, a santidade e a participação na glória de Deus.
- Vê também  toda  “a vida cristã na perspectiva de uma união esponsal com Cristo” (João Paulo II, Creo en la Iglesia, 553). A Igreja está chamada a voltar-se continuamente “como Esposa para o seu divino Esposo” (D.Vivificantem 66). Ao receber a caridade esponsal de Cristo, a Igreja participa do “amor formoso”.
- “Caridade esponsal” (amor nupcial) é, pois, a cor desse vestido de noiva (a Igreja) e que deve também manifestar-se na vida de cada um dos cristãos.
- Para isso, recebemos a veste branca do Batismo.

2.RENOVAR A RELAÇÃO
- “Como Eu vos amei, amai-vos uns aos outros”.  Além de renovar a nossa relação com Deus, a Páscoa renova também a relação com os irmãos.
- Este é o tempo de lermos e aceitarmos o amor de Deus. Como diz S. João da Cruz: “Uma pessoa que ama outra e que lhe faz bem ama-a e faz-lhe bem segundo as suas qualidades, segundo as suas propriedades pessoais. É assim que age o teu Esposo, que em ti reside enquanto omnipotente: ama-te e faz-te bem segundo a sua omnipotência. (…) Ele ama-te de maneira forte, delicada e sublime(A Chama Viva do Amor, str. 3, 6).
- É um amor que pede uma resposta!
- Desse modo, o “mandamento novo” e a participação na assembleia eucarística são as duas características que identificam o cristão.
- O mandamento novo, esse mesmo do lava-pés, não é para ficar em “quinta-feira santa”, mas é simplesmente o mandamento do Cristo Pascal, do Senhor ressuscitado! É o seu mandamento! Amarmo-nos uns aos outros é a nossa resposta ao amor de Deus.

3.TESTEMUNHAR O AMOR
- “Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes”!
- E é a “farda” do cristão, que somos convidados a usar sempre.
- Amar “como” Jesus: a todos, sempre, tomando a iniciativa...
- A caridade tem umas amigas, que são: a simpatia, delicadeza, compreensão, a paciência, o acolhimento, a generosidade, a ajuda, a misericórdia, a esperança...
- Trata-se de descobrir atrás de cada outro, o rosto de Cristo ressuscitado!
- Se nos amamos, experimentamos a alegria, a unidade e a coragem nas dificuldades e somos para todos “transparência do Ressuscitado”.
- A nossa maior obra na comunidade é viver o amor do mandamento novo! Como diz S. Paulo, “antes de tudo, a caridade”!
- Antes de celebrarmos a Eucaristia, antes de sermos catequistas, antes de sermos cantores, acólitos, mordomos, antes de rezarmos juntos, somos chamados a este desafio simples e concreto: descobrirmos no rosto do irmão e da irmã o rosto de Cristo.
- Vendo o rosto de Jesus em cada um, fica muito mais fácil amá-l’O aí!
- Então, amando-nos, somos firmes e felizes na nossa fé e testemunhamos a presença de Jesus a todos!   Se não nos amarmos, escondemos essa presença!
- Recomecemos hoje, perdoando-nos, a viver o amor de Jesus para com todos!
Nesta semana:  Antes de tudo, amarmo-nos como o Jesus nos ama!

P. Cardoso

sábado, 20 de abril de 2013

MENSAGEM DO SANTO PADRE PARA O 50º DIA MUNDIAL DE ORAÇÕES PELAS VOCAÇÕES


21 DE ABRIL DE 2013 - IV DOMINGO DE PÁSCOA
Tema: As vocações sinal da esperança fundada na fé

Amados irmãos e irmãs!
No quinquagésimo Dia Mundial de Oração pelas Vocações que será celebrado no IV Domingo de Páscoa, 21 de Abril de 2013, desejo convidar-vos a reflectir sobre o tema «As vocações sinal da esperança fundada na fé», que bem se integra no contexto do Ano da Fé e no cinquentenário da abertura do Concílio EcuménicoVaticano II. Decorria o período da Assembleia conciliar quando o Servo de Deus PauloVI instituiu este Dia de unânime invocação a Deus Pai para que continue a enviar operários para a sua Igreja (cf. Mt 9,38). «O problema do número suficiente de sacerdotes –sublinhava então o Sumo Pontífice– interpela todos os fiéis, não só porque disso depende o futuro da sociedade cristã, mas também porque este problema é o indicador concreto e inexorável da vitalidade de fé e amor de cada comunidade paroquial e diocesana, e o testemunho da saúde moral das famílias cristãs. Onde desabrocham numerosas as vocações para o estado eclesiástico e religioso, vive-se generosamente segundo o Evangelho» (Paulo VI, Radiomensagem, 11 de Abril de 1964).
Nestas cinco décadas, as várias comunidades eclesiais dispersas pelo mundo inteiro têm-se espiritualmente unido todos os anos, no IV Domingo de Páscoa, para implorar de Deus o dom de santas vocações e propor de novo à reflexão de todos a urgência da resposta à chamada divina. Na realidade, este significativo encontro anual tem favorecido fortemente o empenho por se consolidar sempre mais, no centro da espiritualidade, da acção pastoral e da oração dos fiéis, a importância das vocações para o sacerdócio e a vida consagrada.
A esperança é expectativa de algo de positivo para o futuro, mas que deve ao mesmo tempo sustentar o nosso presente, marcado frequentemente por dissabores e insucessos. Onde está fundada a nossa esperança? Olhando a história do povo de Israel narrada no Antigo Testamento, vemos aparecer constantemente, mesmo nos momentos de maior dificuldade como o exílio, um elemento que os profetas de modo particular não cessam de recordar: a memória das promessas feitas por Deus aos Patriarcas; memória essa que requer a imitação do comportamento exemplar de Abraão, o qual– como sublinha o Apóstolo Paulo– «foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência» (Rm 4,18). Então, uma verdade consoladora e instrutiva que emerge de toda a história da salvação é a fidelidade de Deus à aliança, com a qual Se comprometeu e que renovou sempre que o homem a rompeu pela infidelidade, pelo pecado, desde o tempo do dilúvio (cf. Gn 8,21-22) até ao êxodo e ao caminho no deserto (cf. Dt 9,7); fidelidade de Deus que foi até ao ponto de selar anova e eterna aliança com o homem por meio do sangue de seu Filho, morto e ressuscitado para a nossa salvação.
Em todos os momentos, sobretudo nos mais difíceis, é sempre a fidelidade do Senhor– verdadeira força motriz da história da salvação–que faz vibrar os corações dos homens e mulheres e os confirma na esperança de chegar um dia à «Terra Prometida». O fundamento seguro de toda a esperança está aqui: Deus nunca nos deixa sozinhos e permanece fiel à palavra dada. Por este motivo, em toda a situação, seja ela feliz ou desfavorável, podemos manter uma esperança firme, rezando como salmista: «Só em Deus descansa a minha alma, d’Ele vem a minha esperança»(Sl62/61,6). Portanto ter esperança equivale a confiar no Deus fiel, que mantém as promessas da aliança. Por isso, a fé e a esperança estão intimamente unidas. A esperança «é, de facto, uma palavra central da fé bíblica, a ponto de, em várias passagens, ser possível intercambiar os termos “fé” e “esperança”. Assim, a Carta aos Hebreus liga estreitamente a “plenitude da fé” (10,22) com a “imutável profissão da esperança” (10,23). De igual modo, quando a Primeira Carta de Pedroexorta os cristãos a estarem sempre prontos a responder a propósito do logos – o sentido e a razão – da sua esperança (3,15), “esperança” equivale a “fé”» (Enc. Spe salvi, 2).
Amados irmãos e irmãs, em que consiste a fidelidade de Deus à qual podemos confiar-nos com firme esperança? Consiste no seu amor. Ele, que é Pai, derrama o seu amor no mais íntimo de nós mesmos, através do Espírito Santo(cf.Rm 5,5).E é precisamente este amor, manifestado plenamente em Jesus Cristo, que interpela a nossa existência, pedindo a cada qual uma resposta a propósito do que quer fazer da sua vida e quanto está disposto a apostar para a realizar plenamente. Por vezes o amor de Deus segue percursos surpreendentes, mas sempre alcança a quantos se deixam encontrar. Assim a esperança nutre-se desta certeza: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4,16). E este amor exigente e profundo, que vai além da superficialidade, infunde-nos coragem, dá-nos esperança no caminho da vida e no futuro, faz-nos ter confiança em nós mesmos, na história e nos outros. Apraz-me repetir, de modo particular a vós jovens, estas palavras: «Que seria da vossa vida, sem este amor? Deus cuida do homem desde a criação até ao fim dos tempos, quando completar o seu desígnio de salvação. No Senhor ressuscitado, temos a certeza da nossa esperança» (Discurso aos jovens da diocese de São Marino-Montefeltro, 19 de Junho de 2011).
Também hoje, como aconteceu durante a sua vida terrena, Jesus, o Ressuscitado, passa pelas estradas da nossa vida e vê-nos imersos nas nossas actividades, com os nossos desejos e necessidades. É precisamente no nosso dia-a-dia que Ele continua a dirigir-nos a sua palavra; chama-nos a realizar a nossa vida com Ele, o único capaz de saciar a nossa sede de esperança. Vivente na comunidade de discípulos que é a Igreja, Ele chama também hoje a segui-Lo. E este apelo pode chegar em qualquer momento. Jesus repete também hoje: «Vem e segue-Me!» (Mc10,21). Para acolher este convite, é preciso deixar de escolher por si mesmo o próprio caminho. Segui-Lo significa entranhar a própria vontade na vontade de Jesus, dar-Lhe verdadeiramente a precedência, antepô-Lo a tudo o que faz parte da nossa vida :família, trabalho, interesses pessoais, nós mesmos. Significa entregar-Lhe a própria vida, viver com Ele em profunda intimidade, por Ele entrar em comunhão com o Pai no Espírito Santo e, consequentemente, com os irmãos e irmãs. Esta comunhão de vida com Jesus é o «lugar» privilegiado onde se pode experimentara esperança e onde a vida será livre e plena.
As vocações sacerdotais e religiosas nascem da experiência do encontro pessoal com Cristo, do diálogo sincero e familiar com Ele, para entrar na sua vontade. Por isso, é necessário crescer na experiência de fé, entendida como profunda relação com Jesus, como escuta interior da sua voz que ressoa dentro de nós. Este itinerário, que torna uma pessoa capaz de acolher a chamada de Deus, é possível no âmbito de comunidades cristãs que vivem uma intensa atmosfera de fé, um generoso testemunho de adesão ao Evangelho, uma paixão missionária que induza a pessoa à doação total de si mesma pelo Reino de Deus, alimentada pela recepção dos sacramentos, especialmente a Eucaristia, e por uma fervorosa vida de oração. Esta «deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de modo justo» (Enc. Spe salvi34).
A oração constante e profunda faz crescera fé da comunidade cristã, na certeza sempre renovada de que Deus nunca abandona o seu povoe que o sustenta suscitando vocações especiais, para o sacerdócio e para a vida consagrada, que sejam sinais de esperança para o mundo. Na realidade, os presbíteros e os religiosos são chamados a entregar-se de forma incondicional ao Povo de Deus, num serviço de amor ao Evangelho e à Igreja, num serviço àquela esperança firme que só a abertura ao horizonte de Deus pode gerar.
Assim eles, com o testemunho da sua fé e com o seu fervor apostólico, podem transmitir, em particular às novas gerações, o ardente desejo de responder generosa e prontamente a Cristo, que chama a segui-Lo mais de perto. Quando um discípulo de Jesus acolhe a chamada divina para se dedicar ao ministério sacerdotal ou à vida consagrada, manifesta-se um dos frutos mais maduros da comunidade cristã, que ajuda a olhar com particular confiança e esperança para o futuro da Igreja e o seu empenho de evangelização. Na verdade, sempre terá necessidade de novos trabalhadores para a pregação do Evangelho, a celebração da Eucaristia, o sacramento da Reconciliação.
Por isso, oxalá não faltem sacerdotes zelosos que saibam estar ao lado dos jovens como «companheiros de viagem», para os ajudarem, no caminho por vezes tortuoso e obscuro da vida, a reconhecer Cristo, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6); para lhes proporem com coragem evangélica a beleza do serviço a Deus,à comunidade cristã, aos irmãos. Não faltem sacerdotes que mostrem a fecundidade de um compromisso entusiasmante, que confere um sentido de plenitude à própria existência, porque fundado sobre a fé n’Aquele que nos amou primeiro (cf. 1 Jo 4,19).
Do mesmo modo, desejo que os jovens, no meio de tantas propostas superficiais e efémeras, saibam cultivar a atracção pelos valores, as metas altas, as opções radicais por um serviço aos outros seguindo os passos de Jesus. Amados jovens, não tenhais medo de O seguir e de percorrer os caminhos exigentes e corajosos da caridade e do compromisso generoso. Sereis felizes por servir, sereis testemunhas daquela alegria que o mundo não pode dar, sereis chamas vivas de um amor infinito e eterno, aprendereis a «dar a razão da vossa esperança» (1 Ped 3,15).
Vaticano, 6 de Outubro 2012.
PAPA BENTO XVI



IV DOMINGO DE PÁSCOA


O PASTOR DA ALEGRIA



1.UMA VOZ QUE CONDUZ
- Comparando com a voz do Pastor, as outras vozes são ocas e vazias...
- As outras vozes são desconhecidas...
- As vozes do mundo são agrestes e secas...
- A voz do Pastor está cheia de amor por cada ovelha, um amor igual e único!
- A voz do Pastor é doce e suave... distingue-se ao longe, pois enche de confiança!
- No silêncio e na oração, escutamos esta voz. Precisamos de nos habituar a ela!
- Escutando-a, é fácil deixarmo-nos conduzir...
- Para nós, nada mais importa do que experimentarmos escutar com o coração cada palavra do Senhor!
- Além disso, no mais profundo da nossa consciência, Jesus fala-nos! Por vezes discretamente, por vezes com mais força, mas sempre com a suavidade própria do amor sem medida!

2.GUIA PARA A ÁGUA VIVA
- “O Cordeiro será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água viva” (2ª Leitura).
- Numa terra seca e árida, como a Terra Santa, a água significa lugar de felicidade e de cumprimento das promessas em relação ao Messias Pastor.
- Jesus, no diálogo com a samaritana, parte desse desejo de uma água viva, fresca e abundante, para revelar uma água que se tornará uma nascente para a vida eterna.
- Segundo o Evangelho de S. João, a vida eterna é a vida nova da Páscoa a começar já aqui na terra, é a graça de Cristo que nos sacia de todas as ânsias de infinito!
- Os pastores terrenos são verdadeiramente vigários de Cristo, pois fazem as suas vezes, emprestando as suas palavras “à voz doce do Pastor”!
- Foi Jesus que quis assim! Com todos os cristãos, os ministros estão chamados à santidade, mas a força dos sacramentos não depende da sua santidade pessoal, mas da de Cristo!

3.UMA VOZ CHEIA DE ALEGRIA
- “Os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” (Atos);
- “Servi o Senhor com alegria e cânticos de júbilo” (salmo 99);
- “Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos” (Apocalipse).
- A liturgia deste quarto Domingo, dia do Bom Pastor, é um verdadeiro hino à alegria!
- Qual a razão de tanta alegria? É que o Senhor Ressuscitado é o nosso Pastor e, por isso, nada nos falta e estamos cheios de confiança e nada nos fará temer!
- É que ninguém nos pode roubar da mão de Jesus (cf Evangelho) !
- O Senhor é a minha força e a Ele eu canto, n’Ele eu confio e nada temo!
- Esta é a atitude de quem se sente chamado a qualquer vocação eclesial: à vida matrimonial, ao sacerdócio, à vida religiosa ou às várias formas de serviço ao Senhor na comunidade: “N’Ele eu confio e nada temo!
- E quando formos convidados para o “banquete das núpcias do Cordeiro”, estejamos prontos para a festa sem fim, onde dançaremos ao som dos coros celestes, sempre ao ritmo da voz doce do nosso glorioso Pastor!

-  Nesta semana:
No entretanto da nossa vida, treinemos sempre mais a escuta da voz doce do Pastor! “Fala, Senhor, que nós estamos à escuta, com o ouvido e o coração. Ámen”!

P. Cardoso

sábado, 6 de abril de 2013

Alegremo-nos


II DOMINGO DE PÁSCOA


CRER PARA VER !


Ficou famosa, entre nós, a expressão: “prognósticos, só no fim do jogo”, que corresponde à expressão popular: sou como Tomé – “ver para crer”!

1.AS APARIÇÕES DO RESSUSCITADO:
- São cerca de 10 as aparições de Jesus Ressuscitado. São experiências de fé, aparecem depois da primeira constatação do sepulcro vazio e serviram para suscitar a fé no facto real da ressurreição de Jesus. Há características mais ou menos comuns a todas essas aparições:
a) A iniciativa é sempre de Jesus. Os apóstolos, rudes pescadores, viram os seus sonhos referentes ao Messias enterrados sob a pedra do sepulcro de Jesus. No início não acreditam nas mulheres...
b) Jesus não é reconhecido num primeiro momento: duvidam, temem e mostram-se renitentes em acreditar. Isso leva Jesus a dar sinais da sua identidade.
c) O reconhecimento de Jesus pelos discípulos tem lugar num segundo momento, motivado por um sinal ou uma palavra que os convence da continuidade corpórea entre o Jesus antes da morte e depois da ressurreição. Captam então a presença do Senhor ressuscitado e têm uma certeza absoluta: Jesus vive. A conversão em testemunhas até ao martírio só se entende sendo verdade o que anunciam: o Messias ressuscitou, nós vimo-lo e somos testemunhas.
d) Muitas destas aparições terminam com o mandato missionário, no  dinamismo do Espírito. A Igreja é chamada a continuar a mesma missão de Jesus.

2.O CASO DE TOMÉ:
- Tomé ficou com a fama de ser um incrédulo, mas na verdade, ele mostra a dificuldade que todos tiveram em acreditar na Ressurreição!
- A diferença de Tomé é que, na verdade, ele não tinha estado presente e o que lhe contavam parecia-lhe impossível, demasiado grandioso para ser verdade!
- Hoje está muito divulgada a dificuldade de Tomé. Queremos primeiro ver e depois, talvez acreditar.
- Mas, ao mesmo tempo, há uma confusão: Tomé quer ver com os olhos da cara, quando a dificuldade está em “ver” com o coração!
- De facto, a realidade, tudo o que existe é muito maior  do que nós conseguimos ver: não vemos os micro-organismos, não vemos a grandeza de todo o universo, não vemos o que está para além dos ultra-violetas...
- Além disso, as dimensões mais importantes da vida, como o amor e a amizade, não se podem ver, mas apenas intuir através de sinais!
- A Páscoa é o maior sinal do amor infinito e da “Divina Misericórdia” !
- Assim é a fé: baseia-se em sinais, mas é uma leitura do coração, com a luz do Espírito Santo!
- É sobre esta fé que nós fomos batizados. O desafio está em vivermos a fé batismal !

3.DAR TESTEMUNHO DA RESSURREIÇÃO:
Que sinais temos hoje, para a nossa fé?
- O testemunho da Igreja que vem desde os apóstolos (inclui Novo Testamento);
- A Eucaristia como o maior sinal da Ressurreição, em que Jesus está vivo!
- A presença de Jesus na comunidade, no meio de dois ou três n’Ele unidos.
- Jesus manifesta-se em acontecimentos, em pessoas que se cruzam connosco.
- É Ele que faz de nós testemunhas, como os apóstolos que davam testemunho da ressurreição, por gestos (“milagres e prodígios”) e palavras, mas sobretudo com a vida. Na fé, também nós “vimos o Senhor” (Evangelho), “O que vive” (2ª Leitura) ! Aleluia!

- Nesta semana: Testemunhemos, com simplicidade e alegria, Cristo Ressuscitado !


P. Cardoso

Cristo ressuscitou! Aleluia!