sábado, 6 de abril de 2013

II DOMINGO DE PÁSCOA


CRER PARA VER !


Ficou famosa, entre nós, a expressão: “prognósticos, só no fim do jogo”, que corresponde à expressão popular: sou como Tomé – “ver para crer”!

1.AS APARIÇÕES DO RESSUSCITADO:
- São cerca de 10 as aparições de Jesus Ressuscitado. São experiências de fé, aparecem depois da primeira constatação do sepulcro vazio e serviram para suscitar a fé no facto real da ressurreição de Jesus. Há características mais ou menos comuns a todas essas aparições:
a) A iniciativa é sempre de Jesus. Os apóstolos, rudes pescadores, viram os seus sonhos referentes ao Messias enterrados sob a pedra do sepulcro de Jesus. No início não acreditam nas mulheres...
b) Jesus não é reconhecido num primeiro momento: duvidam, temem e mostram-se renitentes em acreditar. Isso leva Jesus a dar sinais da sua identidade.
c) O reconhecimento de Jesus pelos discípulos tem lugar num segundo momento, motivado por um sinal ou uma palavra que os convence da continuidade corpórea entre o Jesus antes da morte e depois da ressurreição. Captam então a presença do Senhor ressuscitado e têm uma certeza absoluta: Jesus vive. A conversão em testemunhas até ao martírio só se entende sendo verdade o que anunciam: o Messias ressuscitou, nós vimo-lo e somos testemunhas.
d) Muitas destas aparições terminam com o mandato missionário, no  dinamismo do Espírito. A Igreja é chamada a continuar a mesma missão de Jesus.

2.O CASO DE TOMÉ:
- Tomé ficou com a fama de ser um incrédulo, mas na verdade, ele mostra a dificuldade que todos tiveram em acreditar na Ressurreição!
- A diferença de Tomé é que, na verdade, ele não tinha estado presente e o que lhe contavam parecia-lhe impossível, demasiado grandioso para ser verdade!
- Hoje está muito divulgada a dificuldade de Tomé. Queremos primeiro ver e depois, talvez acreditar.
- Mas, ao mesmo tempo, há uma confusão: Tomé quer ver com os olhos da cara, quando a dificuldade está em “ver” com o coração!
- De facto, a realidade, tudo o que existe é muito maior  do que nós conseguimos ver: não vemos os micro-organismos, não vemos a grandeza de todo o universo, não vemos o que está para além dos ultra-violetas...
- Além disso, as dimensões mais importantes da vida, como o amor e a amizade, não se podem ver, mas apenas intuir através de sinais!
- A Páscoa é o maior sinal do amor infinito e da “Divina Misericórdia” !
- Assim é a fé: baseia-se em sinais, mas é uma leitura do coração, com a luz do Espírito Santo!
- É sobre esta fé que nós fomos batizados. O desafio está em vivermos a fé batismal !

3.DAR TESTEMUNHO DA RESSURREIÇÃO:
Que sinais temos hoje, para a nossa fé?
- O testemunho da Igreja que vem desde os apóstolos (inclui Novo Testamento);
- A Eucaristia como o maior sinal da Ressurreição, em que Jesus está vivo!
- A presença de Jesus na comunidade, no meio de dois ou três n’Ele unidos.
- Jesus manifesta-se em acontecimentos, em pessoas que se cruzam connosco.
- É Ele que faz de nós testemunhas, como os apóstolos que davam testemunho da ressurreição, por gestos (“milagres e prodígios”) e palavras, mas sobretudo com a vida. Na fé, também nós “vimos o Senhor” (Evangelho), “O que vive” (2ª Leitura) ! Aleluia!

- Nesta semana: Testemunhemos, com simplicidade e alegria, Cristo Ressuscitado !


P. Cardoso

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