sábado, 16 de junho de 2012

XI Domingo Comum – B

UM REINO SILENCIOSO


 O mundo de hoje aprecia acontecimentos espalhafatosos. A comunicação social dá tudo por um pedaço de confusão que se possa mostrar aos espectadores. O mundo gosta do barulho, da fama, do espetáculo.




1.UMA SEMENTE
- “Como um grão de mostarda”, uma “semente que cresce sem se saber como”.
- É o Espírito Santo que faz crescer. Nós não construímos o Reino, apenas colaboramos no seu crescimento. No entanto, essa colaboração é indispensável.
- Temos de fazer a nossa parte. O semeador tem de colocar a semente.
- Mas o crescimento do Reino não depende da força, da inteligência ou de qualquer capacidade humana.
- Ao mesmo tempo, a primazia da graça não desvaloriza a nossa participação, antes pede uma resposta na fé, uma resposta positiva de amor.
- O acento da parábola está posto na humildade, silêncio e crescimento misterioso do Reino.
- Ao contrário do homem que busca a grandeza e a fama, Deus age no silêncio.
- As coisas grandes acontecem ao ritmo tranquilo das horas e dos dias, como tranquilos e cadenciados são os pingos da chuva, a escorrer dos telhados!

2.UM RAMO NOVO
- “Um ramo novo... num monte muito alto”.
- O verdadeiro ramo novo será o “ramo do tronco de Jessé”, isto é, o Messias, cuja vinda reconhecemos em Jesus Cristo. É Ele que anuncia e inicia o Reino.
- Da desgraça do Povo, Deus fará surgir um novo rebento que a todos salvará, virá um reino messiânico. Será uma nova árvore na imensidão da humanidade.
- Porém, cada um dos crentes há-de ser como um pequeno ramo no grande Ramo ou como folhas da Árvore nova.
- Podemos também vislumbrar aqui a própria Igreja que, em nome de Cristo, é chamada a acolher a todos, com ramos tão grandes que todos lá tenhamos lugar.
-“O justo florescerá como a palmeira” (salmo). Se acolhermos o Reino, a crescer em nós e à nossa volta, viveremos da seiva nova que é a graça de Cristo.

3.UM FRUTO MADURO
- “Receba cada um o que tiver merecido”.
- Como acontece com a agricultura, quando a semente se transformou em ramo e este deixou surgir os frutos maduros, surge o momento da colheita.
- A nossa vida na terra é uma verdadeira agricultura e, por isso, no final, a ceifa permitirá distinguir o trigo do joio, o bem do mal, as acções de que nos envergonhamos e as ações meritórias.
- No encontro com Cristo glorioso, a nossa vida passará na tela da misericórdia de Deus como um filme e “no poente da vida, seremos julgado pelo amor”.
- Haverá uma retribuição? A Palavra diz-nos que essa retribuição será de acordo com o que “cada um tiver merecido”.
- Mesmo se nós não temos mérito em sentido próprio, pois tudo nos vem de Deus, é decisiva a nossa resposta positiva ao amor divino  (cf Cat 2006-2011).
- Haverá uma retribuição? “Os que morrem na graça e na amizade de Deus... viverão para sempre com Cristo” (cf Cat 1023).

Nesta semana:
Vamos colaborar com a graça de Cristo em nós, com vista ao crescimento do Reino, para que dêmos frutos de vida eterna.

Reflexão- P. J .Cardoso



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