sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quem é Deus para ti?


Família


2º DOMINGO DA QUARESMA - ANO C



As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa “transfiguração”, a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.

A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.

A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de auto-suficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projecto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos.


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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Mensagem do Senhor D. António Marto para a Quaresma de 2013


Reavivar o dom da fé e crescer na caridade

A Quaresma é uma data anual muito importante e significativa para os cristãos. É o tempo que mais nos interpela na vertente das opções relativas à renovação da nossa vida espiritual.
No contexto do Ano da Fé, não podemos deixar de pôr em relevo este tempo propício e precioso para reavivar a nossa fé em Jesus Cristo e para fazer uma revisão sobre a vivência da fé no nosso quotidiano.
O caminho da fé é um caminho de conversão
A Quarta-Feira de Cinzas é o pórtico de entrada na Quaresma, a lembrar-nos, com o seu rito próprio, que não existe fé sem conversão. De facto, a imposição das cinzas é acompanhada pela primeira palavra de Jesus no início do seu ministério: “Convertei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 14-15).
O caminho da fé é, ao mesmo tempo, um caminho de conversão, isto é, de orientação da vida que leva a Deus, ao reconhecimento do seu primado, à sua escuta, ao seu acolhimento, para fazer face à tentação do esquecimento de Deus.
Isto supõe, por sua vez, uma profunda purificação de nós mesmos, uma cura interior, uma renovação da mente e do coração, do pensamento e dos sentimentos. Perceber, com sincera humildade, a necessidade que temos, pessoal e comunitariamente, de converter-nos é o primeiro passo a darmos, como discípulos e como Igreja de Cristo, para revitalizar a fé pessoal e das nossas comunidades e para reavivar o entusiasmo do testemunho. O verdadeiro défice da Igreja não é tanto de organização, mas sobretudo de fé e de espiritualidade.
Fé e Caridade de mãos dadas
O Santo Padre Bento XVI escreveu uma bela mensagem para a Quaresma, intitulada “Crer na caridade suscita caridade”. Retomando um símbolo antigo, mas sempre atual, típico da espiritualidade bíblica, indica o percurso cristão da Quaresma do seguinte modo: “A existência cristã consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus e depois voltar a descê-lo, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus”.
De seguida, o Papa aponta dois grandes objetivos concretos: “A Quaresma, com as indicações que tradicionalmente dá para a vida cristã, convida-nos a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos sacramentos, e ao mesmo tempo a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo”. A fé e a caridade são duas faces da mesma medalha, da nossa pertença a Cristo. Quem crê, aprende a dar-se ao outro; e a caridade suscita a fé e dá testemunho dela. “Só nos tornamos cristãos, se a fé se transforma em caridade, se é caridade” (Bento XVI).
 Reavivar o dom da Fé
Assim, somos chamados a aproveitar este tempo da Quaresma de modo especial, para redescobrirmos a beleza e o encanto da fé, para renovarmos o nosso caminho de fé pessoal e comunitário, através dos exercícios espirituais de mais intensa escuta da Palavra, de mais fervorosa oração e de mais frequente participação na Eucaristia e no sacramento da Reconciliação. Como nos anos anteriores, incentivamos os fiéis a fazerem o “Retiro espiritual do Povo de Deus” na forma de leitura orante da Palavra de Deus, com o título “Partilhar o tesouro da fé”.
Além disso, também está disponível uma catequese mistagógica sobre “O Credo dos Apóstolos: a beleza da profissão de fé cristã”, que eu próprio elaborei e que pode ser usada em várias ocasiões e de vários modos.
Convido, ainda, a todos a porem no seu programa da Quaresma a participação na peregrinação diocesana a Fátima, no dia 17 de março, sob o lema “Com Maria, caminhamos pela fé”.
Crescer na Caridade: a renúncia quaresmal e a partilha
A conversão quaresmal propõe-nos gestos concretos de renúncia, tais como o jejum e a abstinência, que não se limitam apenas ao âmbito da alimentação e da bebida. A renúncia está em função da partilha. É bom recordar sempre a regra de ouro de toda a prática penitencial: nós renunciamos a algo, para dar espaço à Graça de Deus em nós e ao amor aos irmãos.
Neste momento de dificuldade económica, torna-se ainda mais evidente que é necessário partilhar. Compreende-o bem quem tem um coração bom e generoso: mesmo se não se tem muito, pode-se continuar a ajudar quem tem ainda menos.
Nesta linha, a coleta da renúncia quaresmal na nossa diocese será destinada, em partes iguais, para a Cáritas Diocesana e para o Fundo Social Solidário instituído pela Conferência Episcopal Portuguesa.
A todos os diocesanos desejo um caminho luminoso em direção à Páscoa do “Ano da Fé”, acompanhados pela luz sempre presente da fé e da caridade de Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja.

Leiria, 11 de fevereiro de 2013.
† António Marto, Bispo de Leiria-Fátima

1.º Domingo da Quaresma -Ano C


CAMINHAR COM JESUS


Iniciámos a Quaresma com a celebração das cinzas, reconhecendo o nosso nada. Na noite da Vigília Pascal, espera-nos um banho regenerador, de água viva, em que seremos renovados por uma fé nova em Cristo. Para tal, é preciso que haja Quaresma.

1.QUARESMA É FAZER UMA CAMINHADA
- Assim como o Povo de Israel foi conduzido durante 40 anos pelo deserto...
- Durante 40 dias esteve Moisés no Monte, num continuado encontro com Deus (cf Ex 24, 18); durante 40 dias (e 40 noites) caminhou o profeta Elias para chegar ao Monte de Deus, o Horeb(cf 1 Re 19,8).
- Assim como Jesus se deixou conduzir pelo Espírito Santo através do deserto, durante quarenta dias..., também nós, queremos caminhar para a meta...
- O nº 40 indica, pois, o tempo necessário para alguém se preparar para um encontro novo com o Senhor e se dispor a cumprir a missão que Ele lhe confia.
- E caminhar é vencer as dificuldades do caminho: as tentações (“não consigo”).
- Viver a Quaresma é identificar as nossas tentações, o mesmo é dizer: os nossos pecados, os nossos vícios, os nossos defeitos... tudo o que devemos mudar.
- Tudo isso venceremos se nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo, como fez Jesus. Deus é força para lutarmos contra o mal, o egoísmo, a injustiça, o ódio e o desânimo.

2.QUARESMA É TER UMA META
- É próprio de todo o peregrino ter uma meta onde quer chegar. Para chegarmos à meta de salvação que é a Páscoa, é preciso viver e aprofundar a fé:
- "Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor, que Deus o ressuscitou dos mortos, então serás salvo"; quem não acredita na ressurreição, não tem Quaresma nem Páscoa!
- "Ao Senhor teu Deus adorarás..." – não se pode acreditar só com a  inteligência, importa sobretudo acreditar com o coração. Acreditar em Deus é não ter outro Deus fora d’Ele.
- Confessar a fé com a boca implica vivê-la, isto é, confessá-la com o coração!
- O principal distintivo dos cristãos é “o amor fundado sobre a fé” (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2013, nº 1).
- A primeira condição para a Quaresma é ter os olhos postos na meta!

3.QUARESMA É VENCER COM CRISTO
- A vida cristã tem uma dimensão de ascese, de luta contra o mal. Este aspecto é já indicado no  nosso Baptismo: “Renunciais ao pecado para viverdes na liberdade de filhos de Deus? Renunciais a Satanás e a todas as suas obras?” Queremos oferecer um fruto de humildade, que supere todo o orgulho (contra a soberba – humildade). As 7 virtudes hão-de ser as “primícias”, os frutos da nossa conversão!
- Como é atual quanto dizia S.António: “O coração do pecador vagueia como uma roda, umas vezes dirige-se para Oriente outra vez para Ocidente, percorrendo o mundo que é obscuro por causa da soberba, feio devido á avareza e imundo por causa da luxúria. Não é fácil discernir o bem do mal, se não possuímos a luz de Deus, porque a tentação, na sua maquinação é muito hábil, como a aranha que tece a sua teia para capturar as moscas”. (In MSA 1(2009) 23).
- Temos diante de nós um “deserto” que demora 40 dias a atravessar. Nele somos chamados ao encontro com Deus, vencendo todas as tentações.
- Em Quarta-feira de Cinzas decidimo-nos vencer a gula com a temperança. Hoje queremos assumir vencer o orgulho com a humildade, para vencermos com Cristo!  Dizemos “não” à tentação para dizermos um novo “Sim” a Deus!

Nesta semana:  Ouçamos o convite do nosso ainda Papa Bento XVI, em Quarta-feira de Cinzas: “Ressoe forte em nós o convite à conversão, a ‘voltar para Deus com todo o coração’, acolhendo a sua graça que nos faz homens novos, com aquela surpreendente novidade que é participação na vida do próprio Jesus”.


P. Cardoso

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quaresma




QUARTA FEIRA DE CINZAS

''Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, recompensar-te-á.
Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que vê o oculto.'' (Mt 6,1-6 .16-18)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Pensamento

Estamos prestes a iniciar a quaresma


Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI anunciou esta segunda-feira que se demitirá no dia 28 de fevereiro. Eis o texto integral do anúncio:


Caríssimos Irmãos,convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI

D. António Marto publica uma nova nota pastoral


Na sua nota pastoral para este ano pastoral, D. António Marto recomendou a realização de uma “celebração comunitária da profissão de fé (o credo) do Povo de Deus, ao modo da antiga «traditio symboli» dos catecúmenos na Quaresma” e prometia vir a apresentar uma catequese por si elaborada para esse efeito.

Com o título “O Credo dos Apóstolos: a beleza da profissão de fé cristã”, ela aí está, ao dispor das paróquias e outras comunidades que queriam dar cumprimento a esta recomendação do Bispo diocesano.

O documento começa por apresentar algumas sugestões práticas de utilização, seja numa celebração específica para os colaboradores paroquiais, seja como preparação para a profissão solene da fé na vigília pascal, na festa do padroeiro ou em outra ocasião oportuna, seja ainda como ação de formação e celebração comunitária para pequenos grupos, em encontros, retiros, ou reuniões familiares, por exemplo.

Quanto ao conteúdo, dividido em seis breves pontos, D. António começa por apresentar a génese da “bela profissão de fé” que é o Credo ou Símbolo dos Apóstolos, lembrando que não é “um mero catálogo de verdades abstratas, nem muito menos um código ético”, mas sim “a galeria das maravilhas da salvação de Deus em favor da humanidade”. Assim, a catequese que se propõe é um convite, uma ajuda a “descobrir, meditar e saborear a beleza e o fascínio da fé cristã e a alegria de crer”. Depois, desenvolve as três partes do Credo sobre o mistério de Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – e a “comunhão perfeita de vida e amor” que é a Santíssima Trindade.

O último ponto é o apelo ao próprio dom de Deus: “Ajuda a minha pouca fé!”. No contexto difícil em que vivemos, de um “mundo pluralista, marcado pela cultura da indiferença religiosa ou da descrença”, é maior o desafio aos cristãos para viverem “a fé e a sua identidade em permanente luta interna, em confronto com opções totalmente contrárias e por vezes em ambiente de adversidade”. A fé é dom de Deus e, portanto, a Ele devemos pedir que reforce em nós essa graça de acreditar e confiar n’Ele.

A oração com que D. António Marto conclui esta sua catequese é uma expressiva forma de o fazer: “Ó Senhor, pelo mistério da tua morte e ressurreição, com o fogo do Espírito Santo, acende em mim a graça de uma fé grande como a dos nossos pais na fé, desde Abraão a Maria, até aos santos e testemunhas humildes de hoje. Acende em nós a mesma fé, para que possamos responder hoje à graça do teu mistério de amor. Ajuda-nos a crescer na fé vivida como experiência de um Amor recebido e comunicada como experiência de graça, beleza e alegria que transforma os nossos corações, a nossa vida e o nosso mundo”.

Ao aceitar a recomendação do Bispo para realizar esta formação e celebração da fé, cada paróquia, cada comunidade religiosa, cada grupo apostólico, cada família e cada cristão estará a dizer: “Ámen!”.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tema do 5º Domingo do Tempo Comum



A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.

Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado.

A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.

No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Manhã de formação espiritual para catequistas





Assinatura Foto: DR

"Pela fé, chamados à conversão" será o tema desta proposta formativa, a decorrer no Seminário de Leiria, no dia 16 de fevereiro de 2013.

Organizada pelo Serviço Diocesano de Catequese (SDC) de Leiria-Fátima, vai decorrer no sábado 16 de fevereiro, das 09h30 às 12h30, no Seminário de Leiria, uma manhã de formação espiritual para os catequistas, orientada pelo padre Armindo Janeiro, reitor do Seminário.

Com o tema “Pela fé, chamados à conversão”, este tempo de reflexão e de oração decorre no início do tempo da Quaresma e pretende ser “uma oportunidade para os catequistas se prepararem espiritualmente para a vivência deste o tempo forte da Liturgia neste Ano da Fé”, adianta o padre José  Henrique, diretor do SDC.
A organização pede que cada participante traga a sua Bíblia.

Os interessados deverão comunicar a sua presença até ao dia 13 de fevereiro, para 244825168 ou catequeseleiria@gmail.com


Artigo Retirado de http://www.leiria-fatima.pt/

sábado, 2 de fevereiro de 2013

4º Domingo do Tempo Comum - Ano C


A FORÇA DA PALAVRA

Vivemos hoje num tempo em que muita gente tende a fabricar a suas verdades. São tempos de relativismo e subjetivismo. Ao pensamento dominante isso interessa, pois quando damos conta a nossa verdade é a verdade comercial, da eficácia, do consumismo... A minha verdade passa a ser a verdade dos que oferecem as sua opiniões já feitas. Posso ficar a pensar pela cabeça dos outros... (se não estiver atento).

1.PALAVRA ANUNCIADA
- “Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações”!
- A Palavra de Deus, ao contrário dos tempos de hoje, propõe-nos uma verdade que está acima de nós: “Levanta-te para ires dizer o que eu te ordenar”.
- Será esta Palavra um obstáculo para a nossa liberdade humana?
- Para quem acha que o ser humano é rei do universo e que este super-homem não precisa de ninguém mais para a sua plena felicidade, mesmo se esse sonho se traduz em sofrimento e violência... talvez lhe faça confusão.
- Para quem sabe, como sós, que o ser humano só em Deus se realiza plenamente, então essa é  uma Palavra que nos eleva, nos realiza interiormente e nos dá a felicidade.
- Esta é uma Palavra cheia de força, capaz de enviar os profetas e a nós também.
- Essa é a Palavra de Jesus, o Verbo da Vida, que diz palavras que atraem multidões e diante das quais não é possível ficar indiferente.

2.PALAVRA TESTEMUNHADA
- “Não temas... Eu estou contigo”.
- Ao contrário do jornalista que anuncia um acontecimento que lhe é exterior ou do ator, que assume uma personagem diferente de si, o Profeta identifica-se com a mensagem, com a Palavra que leva consigo.
O Profeta é um só com a mensagem que anuncia, porque este Profeta é testemunha.
- Foi o que aconteceu com Jesus e com os apóstolos.
- E connosco? A Palavra de Deus em nós torna-nos testemunhas, por isso não é possível ser cristão como se de um clube se tratasse.
- Esta Palavra é de tal maneira forte, unindo mensagem e mensageiro que muitos cristãos oferecem a própria vida para dizer o amor de Deus presente nas suas vidas.
- É como aquela jovem professora que, no passado dia 19 de Dezembro, ao sentir aproximar-se o atirador tresloucado, escondeu 17 crianças nos armários, convencendo-as que era um jogo e que ninguém podia fazer o mínimo barulho, para não perder o jogo. Porém, o atirador ao chegar desconfiou e começou a atirar contra os armários. Foi nesse momento que a  jovem cristã Vitoria Soto se colocou ela própria entre a arma e os armários, acabando por entregar assim a própria vida.
- A força da Palavra que Vicki escutava na igreja levou-a ao amor supremo de se oferecer para que os outros sejam. Isto é fé, não são sentimentozinhos!!!

3.PALAVRA MANIFESTADA
- “A caridade não acaba nunca”. “Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim” (Bento XVI - Porta Fidei, nº 15).
- A Palavra ilumina-nos e faz-nos viver a caridade, manifesta o amor de Cristo em nós.
- S. Paulo enumera umas 15 qualidades da caridade. Fixemos algumas. A caridade é:
- Paciente: Nunca desiste, pois Deus nunca desiste de nós!
- Altruísta:  Pensa sempre nos outros, como Jesus que se esquece de Si.
- Humilde:  A única grandeza é amar em nome de Deus!
- Delicada: É suave no falar, respeitosa no olhar e tem sentido de oportunidade.
- Misericordiosa: “Tudo desculpa”, não é vingativa nem é ressentida...
- Esperançosa: “Tudo espera”, porque toda a sua confiança está em Deus.

Nesta semana:  Manifestar a força da Palavra em ações concretas de caridade!


P. J. Cardoso