Na sua
nota pastoral para este ano pastoral, D. António Marto recomendou a realização de uma “celebração comunitária da profissão de fé (o credo) do Povo de Deus, ao modo da antiga «traditio symboli» dos catecúmenos na Quaresma” e prometia vir a apresentar uma catequese por si elaborada para esse efeito.
O documento começa por apresentar algumas sugestões práticas de utilização, seja numa celebração específica para os colaboradores paroquiais, seja como preparação para a profissão solene da fé na vigília pascal, na festa do padroeiro ou em outra ocasião oportuna, seja ainda como ação de formação e celebração comunitária para pequenos grupos, em encontros, retiros, ou reuniões familiares, por exemplo.
Quanto ao conteúdo, dividido em seis breves pontos, D. António começa por apresentar a génese da “bela profissão de fé” que é o Credo ou Símbolo dos Apóstolos, lembrando que não é “um mero catálogo de verdades abstratas, nem muito menos um código ético”, mas sim “a galeria das maravilhas da salvação de Deus em favor da humanidade”. Assim, a catequese que se propõe é um convite, uma ajuda a “descobrir, meditar e saborear a beleza e o fascínio da fé cristã e a alegria de crer”. Depois, desenvolve as três partes do Credo sobre o mistério de Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – e a “comunhão perfeita de vida e amor” que é a Santíssima Trindade.
O último ponto é o apelo ao próprio dom de Deus: “Ajuda a minha pouca fé!”. No contexto difícil em que vivemos, de um “mundo pluralista, marcado pela cultura da indiferença religiosa ou da descrença”, é maior o desafio aos cristãos para viverem “a fé e a sua identidade em permanente luta interna, em confronto com opções totalmente contrárias e por vezes em ambiente de adversidade”. A fé é dom de Deus e, portanto, a Ele devemos pedir que reforce em nós essa graça de acreditar e confiar n’Ele.
A oração com que D. António Marto conclui esta sua catequese é uma expressiva forma de o fazer: “Ó Senhor, pelo mistério da tua morte e ressurreição, com o fogo do Espírito Santo, acende em mim a graça de uma fé grande como a dos nossos pais na fé, desde Abraão a Maria, até aos santos e testemunhas humildes de hoje. Acende em nós a mesma fé, para que possamos responder hoje à graça do teu mistério de amor. Ajuda-nos a crescer na fé vivida como experiência de um Amor recebido e comunicada como experiência de graça, beleza e alegria que transforma os nossos corações, a nossa vida e o nosso mundo”.
Ao aceitar a recomendação do Bispo para realizar esta formação e celebração da fé, cada paróquia, cada comunidade religiosa, cada grupo apostólico, cada família e cada cristão estará a dizer: “Ámen!”.
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