sábado, 28 de setembro de 2013

Quem é o catequista?


O catequista é alguém chamado pelo Senhor
para anunciar o Seu amor.

É alguém da comunidade
que é chamado a viver em unidade.

Sente o apelo no seu coração
e está disponível para a missão.

Anuncia com fidelidade
e vive na integridade.

É sensível aos problemas do irmão
e quer anunciar-lhe  a salvação.

Acha arriscada a missão
mas no Senhor encontra força e proteção.

Vive com os outros em comunhão
 e tem consciência da sua missão.

Tem competência, pedagogia e dedicação
gosta de partilhar com os irmãos.

A sua vida é caraterizada pela alegria.
porque vive com fé o que anuncia.

Sente o seu sonho concretizado
ao anunciar o Senhor morto e ressuscitado.

                                             OLM



XXVI Dom. Comum

RECONHECER O OUTRO

Quando Deus pergunta por Abel a Caím, este responde: “Porventura serei eu o guarda do meu irmão”? E desde esse momento, houve sempre quem pensasse que não tinha nada a ver com o seu semelhante! Há ainda um sexto da humanidade a passar fome e com falta de água potável (mais de 900 milhões).

1.O AMOR A DEUS E AO IRMÃO
- O amor a Deus, a escolha de Deus acima de todos os bens e do que é mais fácil deve levar-me a amar os irmãos mais próximos, a começar pelos mais frágeis.
- Segundo a doutrina social, devemos começar pela justiça, unida à caridade!
- “O caminho da Igreja é o homem”! (cf RH, nº 14). Era esta uma das frases enigmáticas com que João Paulo II começava o seu ministério. E o Papa Francisco tem-no dito com exemplos concretos.
- O problema do rico não era tanto ter muito dinheiro ou gostar de boa comida. Mesmo se a parábola já deixa entrever que se tratava de um verdadeiro exagero e do pecado da gula, que faz da comida e bebida a sua felicidade...
- O problema do rico foi não ter tempo para olhar para Lázaro, para a sua fome, as suas feridas, a sua solidão... E deve ter pensado: “Porventura sou eu o responsável do meu irmão”? A Segurança Social que tome conta dele!
- O problema do rico foi não ter conseguido sentar Lázaro à sua mesa...
- Lázaro estava sentado no chão (“jazia”), ao nível da terra, no convívio dos cães.
- Bento XVI, em A caridade na verdade, afirma: “A solidariedade consiste primariamente em que todos se sintam responsáveis por todos” (CV, nº 38).

2.É PRECISO “CONQUISTAR A VIDA ETERNA”
- A vida eterna é puro dom, plenitude da vida da graça que somos chamados a viver já neste mundo!
- Apesar disso, S. Paulo diz claramente a Timóteo (e a todos nós) que é preciso “combater o bom combate da fé e conquistar a vida eterna”.
- Na verdade, a vida da fé implica uma luta constante contra o egoísmo e o pecado que nos cercam, o que significa a renovação constante do sim batismal.
- Para as nossas decisões, não podemos entretanto, esperar factos extraordinários. Os mortos não vêm cá para nos convencer de nada... nem vêm cá para outras coisas (se foram pessoas más, Deus não deixará que continuem a fazer mal; se se trata de pessoas santas, estão ocupadas a participar da alegria de Deus).
- Somos totalmente livres. Deus dá-nos todas as condições para vivermos a fé, que significa um sim a Deus e à salvação que nos oferece. Mas não usa a coação!

3.A ETERNIDADE COMEÇA AGORA
- Deste modo, conquistar a vida eterna quer dizer que a nossa vida futura depende das nossas decisões de agora.
- Esta escolha do caminho da salvação dá-se nas coisas pequenas do dia-a-dia.
- E dá-se sobretudo através da justiça e da caridade, além da procura do bem.
- “Quem dá ao pobre empresta ao Senhor” (Pr 19,17).
- “Hoje, é o mesmo Cristo que está presente naqueles de que ninguém precisa, que ninguém emprega, de que ninguém cuida, que têm fome, que estão nus, que não têm lar. Esses parecem inúteis ao Estado e à sociedade; ninguém tem tempo para lhes dar. Compete-nos a nós, cristãos... procurá-los, ajudá-los; eles estão lá para que os encontremos(Beata Madre Teresa de Calcutá).
- Que fomes e que chagas têm os irmãos que me rodeiam?

Como viver esta PALAVRA ?
- Procuremos reconhecer no outro um rosto de irmão e de irmã, para a conquista da vida eterna.

 Pe. Cardoso 



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dia do doente e do idoso

Na passado domingo a nossa comunidade celebrou o dia do doente e do idoso.
Houve a celebração da eucaristia às 11 horas e depois seguiu-se o almoço de convívio.

XXV Dom. Comum - C

SERVIR A DEUS

Faz parte da liberdade podermos optar em muitas situações. Assim, fazemos imensas pequenas escolhas ao longo do nosso dia, de tal modo que nem nos apercebemos. 

1.UMA VIDA DE ESCOLHAS
- Porém, na vida, há também as grandes escolhas, aquelas que marcam uma direção, um rumo, um sentido para o nosso caminhar.
- Quem achar que pode passar sem escolhas, verá que não é possível, pois acabamos por entregar o coração sempre a algum “senhor”.
- O chamado “materialismo da vida” tem muitos nomes, mas é uma espécie de ideal que consiste em gozar a vida sem sofrimento “numa eterna juventude”.
- Aí se mistura o desejo de conforto, de ausência de problemas, de um “estar-se bem” desligado de qualquer ideal. A droga é um exemplo extremo!
- Esta mentalidade provoca em nós um espírito fraco, moleza psicológica e espiritual, incapaz de qualquer esforço... É um “estar bem” tomado como felicidade.

2.UMA HIPÓTESE: O MATERIALISMO
- Uma possibilidade, para nós, consistirá então em escolhermos a onda de materialismo que o mundo nos propõe. Assim, teremos como ideal o dinheiro, as riquezas, cairemos na ganância.
- Esta opção provoca em nós a inquietação e pode levar-nos à injustiça, a pisar os outros para se atingir certos fins;
- Esta escolha, que não olha a meios, fecha-nos ao amor de Deus!
- Na 1ª Carta a Timóteo, S. Paulo diz categoricamente que, “a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro” (1 Tm 6, 10).
- Já o profeta Amós não suportava a exploração e era decidido na defesa do fraco e na condenação das injustiças por parte dos ricos e poderosos.
- A parábola do “Administrador” não pretende elogiar a injustiça nem a corrupção.
- O acento da parábola não está em imitarmos o administrador nas suas “falcatruas”, mas em imitá-lo na esperteza de usar o dinheiro para fazer amigos, isto é, para bens maiores.
- Esta parábola mostra, ao mesmo tempo,  como é possível procurar, com o dinheiro, que é um bem passageiro, bens que não passam.
-                               
3.A MELHOR OPÇÃO: SERVIR A DEUS
- Quanto mais nós devemos usar o dinheiro para o bem e para a justiça e para crescermos numa amizade muito especial: a amizade com Deus!
- Se escolhemos Deus, vivemos a serenidade do Espírito Santo. Podemos ver esta serenidade espelhada no rosto das pessoas santas.
- Seremos  justos em relação aos outros; rezaremos por todos (como pedia S. Paulo).
- João Paulo II dizia que “todo o esforço sincero por construir um mundo melhor é acompanhado pela bênção de Deus e qualquer germe de justiça e de amor plantado no tempo presente floresce para a eternidade(A Igreja na Europa, 97).
- Usando bem os bens materiais como serviço aos outros, “conquistaremos” o Reino que não passa, ou melhor, abrir-nos-emos ao Reino!
- Daremos espaço a Deus na nossa vida, seremos capazes de ler e acolher os sinais da sua presença.

Como viver esta PALAVRA ?
- “Ninguém pode servir a dois senhores: tem de amar um e desprezar o outro!

- Há um só Deus, um só Mediador: Jesus Cristo. Hoje podemos escolhê-l’O (de novo) como o nosso tudo, o nosso único bem, o único Senhor!

Pe. Cardoso

sábado, 14 de setembro de 2013

A mensagem do Papa é apelativa ...

Conventos vazios...

“Caríssimos religiosos e religiosas, os vossos conventos vazios não servem a Igreja quando os transformam em hotéis para fazer dinheiro. Os conventos vazios não são nossos, são para a carne de Cristo que são os refugiados. O Senhor chama a viver com generosidade e coragem o acolhimento nos conventos vazios. Certamente que isso não é simples, são necessários critérios, responsabilidade, mas também coragem. Já fazemos muito, mas seremos chamados a fazer ainda mais, acolhendo e partilhando com determinação o que a Providência nos deu para servir. Superar a tentação da mundanidade espiritual para estar próximo das pessoas simples e sobretudo os últimos. Temos falta de comunidades solidárias que vivam o amor de modo concreto!”

(Papa Francisco na visita ao Centro de Refugiados Astalli, em Roma, 10 de setembro de 2013)
(Foto: EPA)


XXIV Dom. Comum - C

AMOR DE MISERICÓRDIA


      Neste tempo tem-se vindo a perder o chamado “sentido do pecado”. Porque é que isso é
importante? Só quem descobre o amor infinito reconhece a ingratidão que é toda a forma de pecado.

1.O ENIGMA DO PECADO

- Em poucas palavras, o pecado consiste em procurar a felicidade sem ter em conta as propostas de Deus, reveladas na sua Palavra, indo por cada um “por sua conta” e dizendo a Deus que não precisamos d’Ele para ser felizes.

- Sabemos que caímos no pecado quando sentimos uma mistura de desilusão e distância de Deus e, como no paraíso das origens, “temos vergonha de Deus”.

- Não só a idolatria é um pecado gravíssimo como todo o pecado é, em certo

- Afirma o Concílio (Vaticano II) que o ser humano, “logo no começo da sua  história abusou da própria liberdade, levantando-se contra Deus e desejando alcançar o seu fim fora d'Ele... O seu coração insensato obscureceu-se e ele serviu à criatura, preferindo-a ao Criador" (GS 13).

- O pecado é um enigma, “mistério da iniquidade”, uma preferência do mal!

- Fazer “bezerros de ouro” é colocar alguém ou alguma coisa no lugar de Deus, quando absolutizamos dimensões da vida que devem estar ao serviço da felicidade, mas que não são a felicidade, tais como o ter, o prazer, o poder, o comer e o beber.

2.A MARAVILHA DA MISERICÓRDIA

- Ouvimos hoje uma passagem do famoso capítulo 15 do Evangelho de S. Lucas. 

Aí nos são oferecidas 3 parábolas, muito interligadas entre si: a das 100 ovelhas, a das moedas muito valiosas e a parábola do Filho Pródigo (ou dos “Dois Filhos”)!

-  Aí nos revela Jesus como um dom o  amor misericordioso  de um Pai que permanece com os braços abertos, à espera do filho pródigo, para se apressar a abraçá-lo e a perdoá-lo, apagando todas as consequências do pecado, e a celebrar em sua honra a festa da nova vida (cf Lc 15, 11-32).   

- O Pai celestial oferece a todos os homens, mediante Cristo e em Cristo, o perdão dos seus pecados e a salvação e, cheio de amor, espera o seu regresso.

- Já no Antigo Testamento, a hesed (misericórdia) significa amor de ternura. Deus perdoa porque ama... a todos: os bons e os maus, com um amor sem limites!

-  "Perdoar os pecados",  no N.T., significa positivamente  restituir ao homem a participação na vida divina que há em Cristo.

3.A ALEGRIA da FESTA

- As outras duas parábolas (das 100 ovelhas e a das moedas) têm um sentido semelhante, embora sendo mais resumidas: a alegria do reencontro libertador!

- A salvação está no facto de Deus nos libertar da solidão do pecado, fazendonos sentir de novo a dignidade de pessoas, fazendo-nos sentar à mesa da festa: não como pedintes ou meros empregados, mas como filhos queridos.

- O perdão, portanto é Deus quem o concede a quem o pedir!

- A Igreja, porém, é mediadora desta reconciliação. É um papel que lhe confiou o próprio Cristo, que lhe conferiu o poder e a missão de perdoar os pecados.

- Deste modo, o sacramento da Reconciliação implica confessar os próprios pecados e pedir perdão por meio do Espírito Santo, que converte interiormente.

Como viver esta PALAVRA ?


- Arrependendo-me de todo o pecado, acolher e celebrar o perdão de Deus!

Pe. Cardoso

Poema - O catequista

O  Catequista

Tem o coração cheio de amor
para anunciar o Senhor.

Vive a fé com coerência
e testemunha a sua experiência.

Tem compaixão
 e acolhe o irmão.

Gosta de partilhar
e com o Senhor vai colaborar.

Está pronto
para preparar o encontro.

Tem disponibilidade de coração
 e acolhe o irmão.

Arranja tempo e coragem
para anunciar a mensagem.

Sente-se incapaz… mas confia

porque o Espírito Santo o envia.

                               OLM

A missão dos fiéis leigos

Vaticano: Papa sublinha responsabilidade dos fiéis na criação de uma Igreja «mais bela e autêntica»
Quantos cristãos «recordam a data do batismo» e «participam ativamente» na missão eclesial?, questionou hoje Francisco

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/gd_imager.pl?img=francisco_audiencia11setembro2013.jpg&conf=noticiaCTV
Cidade do Vaticano, 11 set 2013 (Ecclesia) – O Papa abordou hoje a condição dos cristãos enquanto filhos da Mãe Igreja e a responsabilidade que todos têm em participar na sua missão no mundo, junto dos povos mais desfavorecidos e daqueles que não conhecem Cristo.
“A fé é um presente, um dom de Deus que é dado pela Igreja e através da Igreja, naquele momento em que ela faz nascer as pessoas como filhas de Deus, em que oferece a vida de Deus, a gera como Mãe”, salientou Francisco, durante a habitual audiência pública de quarta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
A ligação entre um cristão e a Igreja, tal como acontece entre qualquer pessoa e a sua mãe, exemplificou o Papa, é uma ligação “interior, vital, não se pertence à Igreja da mesma forma que se pertence a uma sociedade, a um partido ou a qualquer outra organização”.
Tendo estas ideias em mente, “como é que os cristãos olham para a Igreja” e “participam ativamente nela?”. E “quantos cristãos recordam a data do seu batismo?”, questionou.
Para Francisco, os batizados que se afastaram da Igreja, que “dizem que acreditam em Deus mas não acreditam na Igreja, porque o padre disse isto ou aquilo, estão a cair numa contradição” e a reconhecer que “não acreditam em si próprios”.
“A Igreja não são só os padres, são todos os cristãos, desde um bebé recém batizado até aos bispos, ao Papa, e todos são iguais aos olhos de Deus”, apontou.
Por outro lado, tal como um filho que “ama a sua mãe” e “compreende os seus defeitos”, os cristãos são chamados a “ajudar a Igreja a ser mais bela, mais autêntica, mais à imagem de Deus”.
“Quando os cristãos dizem que amam uma Igreja aberta, capaz de sair, de ser ativa e de levar Cristo aos outros, independentemente dos riscos, pensam em si próprios e em cada um dos cristãos?”, interpelou Francisco, que deixou também uma mensagem para dentro das próprias estruturas eclesiais.
“Uma mãe não se limita a dar a vida mas empenha-se a ajudar no crescimento dos seus filhos, dá-lhes leite, alimento, ensina-lhes os caminhos da vida, acompanha-os sempre com atenção, com afeto, com amor mesmo quando já são adultos”, destacou.
Por outro lado, a Mãe Igreja “tem também que corrigir, perdoar, compreender, estar próxima na doença, no sofrimento, ajudar os seus filhos a sairem de si mesmos, a não ficarem comodamente à sombra das suas saias”.
Será que hoje as pessoas “sentem a Igreja como essa mãe que ajuda cada um a crescer como cristão?”, concluiu.
JCP

Artigo retirado da Ecclesia

sábado, 7 de setembro de 2013

XXIII Dom. Comum - C

DISCÍPULOS ATÉ À CRUZ


Vivemos hoje uma mentalidade de convicções fracas. Isso leva-nos também a pretender uma religiosidade fácil, sem compromissos, sem esforço, sem cruz... A Palavra de Deus alerta-nos para esse perigo de uma fé destemperada, sem sal e sem sabor...

1.O CRENTE CONTEMPLA A GRANDEZA DE DEUS
- Todo o crente procura a sabedoria, que Deus inspira no coração.
- Essa sabedoria consiste em contemplar a grandeza de Deus!
- A grandeza divina manifesta-se em tudo o que existe, nas obras da criação!
- Sentimo-nos pequenos diante da imensidão dos desígnios de Deus.
- Quantas perguntas sem resposta na nossa vida, quantos enigmas por desvendar?
- Daí a pergunta: “Quem poderá conhecer, Senhor, os vossos desígnios”?
- Na fé, confiamos que os desígnios de Deus são amor e verdade! São salvação!

2.A GLÓRIA DE DEUS MANIFESTA-SE NA CRUZ
- A sabedoria do cristão descobre essa grandeza de Deus presente em Jesus.
- Jesus é a grandeza manifestada do  insondável amor de Deus!
- Daí que o melhor uso a dar à nossa vida seja seguir Jesus, em cada dia.
- Seguir Jesus é viver unidos a Ele, escolher com Ele a vontade do Pai!
- Mesmo que essa escolha nos leve à cruz, como aconteceu com Jesus!
- Aceitar a cruz pode ser: acolher todas as situações de sofrimento que nos chegam; ultrapassar o próprio egoísmo para dizermos não ao mal e fazermos o bem; pode ser aceitar a incompreensão pela nossa fé (até ao ponto de dar a vida)!
- Quando se visita o Coliseu ou as Catacumbas, em Roma, compreendemos que os cristãos da primeira hora viveram esta Palavra, seguiram Jesus até à cruz!
- Aceitar a cruz é aplicar todas as nossas capacidades, fazer cálculos (como o rei da parábola) para vencermos com Cristo! Vale a pena o esforço para essa vitória!
- Aceitar a cruz é colocar o amor de Deus acima dos laços de sangue!
- É também relativizar o uso dos bens, usando o dinheiro para a partilha com os que mais precisam e para fins construtivos! Nunca como um ídolo a adorar!

3.SEGUIR JESUS LIBERTA
- Nós adoramos a Deus e o amor a Jesus leva-nos a amar os outros.
- E o amor liberta o outro de toda a escravidão, como no caso de Onésimo.
- Paulo não tinha poder para acabar com a escravatura. Mas pede a Filémon que liberte Onésimo como consequência da sua fé em Jesus. Onésimo tinha aderido à fé em contacto com Paulo na prisão domiciliária.
- O túmulo de Paulo, em Roma, fala-nos ainda hoje desse testemunho supremo do apóstolo, na certeza de que “nem a morte nos pode separar do amor de Cristo”.
- Em nós, o amor a Jesus há-de libertar-nos de nós próprios, da nossa pequenez e vaidade, do apego às coisas e da simples lógica familiar, nacionalista e de raça... (por isso, deixar pai e mãe...).
- E há-de levar-nos a procurar a libertação de todos, num abraço universal!

Como viver esta PALAVRA ?


-                          Escolhendo Jesus como o nosso maior Bem. Assim como Ele nos liberta através da cruz, também nós, aceitando a cruz, aderimos à salvação, pois como nos ensina o Evangelho de S. João, ela é sinal da ressurreição e da presença do Ressuscitado!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Oração pela Paz

D. António Marto preside a vigília e pede a todos a oração pela paz na Síria e no mundo

Categoria: Notícias
Em resposta ao apelo do Papa, o Bispo diocesano preside a uma vigília no Santuário de Fátima e pede às comunidades que se associem a este gesto da Igreja universal, dia 7 de setembro.
O papa Francisco anunciou, no passado domingo, que iria presidir a uma vigília “pela paz na Síria, no Médio Oriente e no mundo inteiro”, na Praça de S. Pedro, em Roma, no próximo sábado, dia 7 de setembro, entre as 19h0 e as 23h00. O Santo Padre apelou ainda a toda a Igreja que se associasse a este seu gesto, no mesmo dia, numa “jornada de jejum e oração” por esta intenção.
Em resposta a este pedido, o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, acaba de comunicar que a Diocese estará em comunhão com Papa, numa vigília de oração no Santuário de Fátima, na Capelinha das Aparições, das 21h30 às 24h00.
Segundo uma mensagem difundida pelo Gabinete Episcopal, a vigília “constará da normal recitação do terço com a procissão de velas, seguida da exposição e adoração do Santíssimo Sacramento, com oração silenciosa, textos de meditação, cânticos e bênção final”.
Para além do apelo à participação neste ato de “todos os diocesanos que tenham disponibilidade”, D. António Marto pede ainda que “também as paróquias, as comunidades religiosas e todos os grupos eclesiais” se associem a esta grande oração pela paz, nomeadamente, através da marcação de “uma vigília de oração para essa hora”, bem como pela aberturas das igrejas durante a tarde ou a noite de sábado “para possibilitar a oração pessoal ou de grupos”, e ainda através da inserção desta intenção na oração dos fiéis das celebrações das missas desse fim de semana: “Pela paz na Síria, no Médio Oriente e no mundo inteiro, por intercessão da Virgem Maria, Rainha da paz, oremos ao Senhor”.
Na sua mensagem, o Bispo diocesano lembra que “o número das vítimas do conflito sírio, agravado pelo uso de armas químicas, é impressionante” e que “a intervenção armada que se anuncia corre o risco de agravar a situação, provocando o caos em toda a região”. Defendendo que “a guerra não é solução para os problemas”, D. António sublinha que “a causa da paz é demasiado importante para ficarmos indiferentes ao apelo do Santo Padre” e conclui que todos “somos chamados a mobilizar o maior número de pessoas a favor da paz, a unirem-se a esta oração”.

Pedido do Papa Francisco: -Oração, e não pratos

Não coloquem grandes pratos à mesa, mas orações pelas famílias e crianças da Síria
Apelo de dom Vincenzo Paglia, Presidente do Conselho Pontifício para a Família, às famílias do mundo para participarem da jornada de jejum e oração que o papa Francisco propôs pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo

«A todas as famílias
Caríssimos,
O convite do papa Francisco a uma jornada de oração e jejum pela paz na Síria e em todas as nações afetadas pela tragédia da guerra deve ser aceite com muita seriedade e compromisso por parte de todos nós.
As imagens veiculadas por todo o mundo e as contínuas notícias trágicas interpelam o nosso coração, a nossa inteligência, a nossa fé. Por esta razão, eu vos convido a aceitar a proposta do papa e a viver esse gesto de oração e jejum mesmo que seja em casa.
Queridos pais, não tenham medo de propor aos vossos filhos um almoço austero e mínimo; será uma oportunidade para lhes explicar o que está a acontecer no mundo e como esses fatos terríveis não nos podem deixar indiferentes. Junto com a dureza das notícias, não se esqueçam de comunicar a esperança da paz oferecida por Jesus ressuscitado, que reconciliou o mundo não através de gestos violentos e vingativos, mas através do dom de Si mesmo.
Não se esqueçam de convidar os avós e as pessoas mais idosas para esse almoço feito de pouca comida e de muita palavra; se algum deles tiver experimentado momentos de guerra, que partilhe o que significa viver sob as bombas e na incerteza do amanhã; que relate qual era o sentido das suas preces naqueles dias.
E vós, queridas crianças e jovens, não se lamentem se, no sábado, não houver grandes pratos à mesa; agradeçam aos seus pais, em vez disto, pelo que eles lhes estão a propor. Mais ainda: exijam deles explicações e razões pelas quais vale a pena continuar a viver nesta terra marcada tantas vezes por luto e por violência.
Juntos à mesa, rezai! Pelas famílias da Síria, pelas crianças que morrem todos os dias por causa da fome e do ódio, pelos governantes chamados a encontrar soluções para a paz e para a não-violência. Recitar um salmo, ler uma passagem do Evangelho, rezar uma dezena do Rosário, fazer algumas orações espontâneas em voz alta, cantar... Cada família escolha o melhor modo de interceder ou de meditar sobre o mistério do mal que marca a nossa história e sobre o Deus da paz que a cura e a salva.
Obrigado!
+ Vincenzo Paglia
Presidente do Conselho Pontifício para a Família

Cidade do Vaticano, 4 de setembro de 2013