Vaticano: Papa
sublinha responsabilidade dos fiéis na criação de uma Igreja «mais bela e
autêntica»
Quantos cristãos «recordam a data do batismo» e «participam ativamente» na
missão eclesial?, questionou hoje Francisco
Cidade do Vaticano, 11 set 2013 (Ecclesia) – O Papa abordou hoje a
condição dos cristãos enquanto filhos da Mãe Igreja e a responsabilidade que
todos têm em participar na sua missão no mundo, junto dos povos mais
desfavorecidos e daqueles que não conhecem Cristo.
“A fé é um presente, um dom de Deus que é dado pela Igreja e através da
Igreja, naquele momento em que ela faz nascer as pessoas como filhas de Deus,
em que oferece a vida de Deus, a gera como Mãe”, salientou Francisco, durante
a habitual audiência pública de quarta-feira, na Praça de São Pedro, no
Vaticano.
A ligação entre um cristão e a Igreja, tal como acontece entre qualquer
pessoa e a sua mãe, exemplificou o Papa, é uma ligação “interior, vital, não
se pertence à Igreja da mesma forma que se pertence a uma sociedade, a um
partido ou a qualquer outra organização”.
Tendo estas ideias em mente, “como é que os cristãos olham para a Igreja”
e “participam ativamente nela?”. E “quantos cristãos recordam a data do seu
batismo?”, questionou.
Para Francisco, os batizados que se afastaram da Igreja, que “dizem que
acreditam em Deus mas não acreditam na Igreja, porque o padre disse isto ou
aquilo, estão a cair numa contradição” e a reconhecer que “não acreditam em
si próprios”.
“A Igreja não são só os padres, são todos os cristãos, desde um bebé
recém batizado até aos bispos, ao Papa, e todos são iguais aos olhos de
Deus”, apontou.
Por outro lado, tal como um filho que “ama a sua mãe” e “compreende os
seus defeitos”, os cristãos são chamados a “ajudar a Igreja a ser mais bela,
mais autêntica, mais à imagem de Deus”.
“Quando os cristãos dizem que amam uma Igreja aberta, capaz de sair, de
ser ativa e de levar Cristo aos outros, independentemente dos riscos, pensam
em si próprios e em cada um dos cristãos?”, interpelou Francisco, que deixou
também uma mensagem para dentro das próprias estruturas eclesiais.
“Uma mãe não se limita a dar a vida mas empenha-se a ajudar no
crescimento dos seus filhos, dá-lhes leite, alimento, ensina-lhes os caminhos
da vida, acompanha-os sempre com atenção, com afeto, com amor mesmo quando já
são adultos”, destacou.
Por outro lado, a Mãe Igreja “tem também que corrigir, perdoar,
compreender, estar próxima na doença, no sofrimento, ajudar os seus filhos a
sairem de si mesmos, a não ficarem comodamente à sombra das suas saias”.
Será que hoje as pessoas “sentem a Igreja como essa mãe que ajuda cada um
a crescer como cristão?”, concluiu.
JCP
Artigo retirado da Ecclesia
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