Não coloquem grandes pratos à
mesa, mas orações pelas famílias e crianças da Síria
Apelo de dom Vincenzo Paglia,
Presidente do Conselho Pontifício para a Família, às famílias do mundo para
participarem da jornada de jejum e oração que o papa Francisco propôs pela paz
na Síria, no Oriente Médio e no mundo
«A todas as famílias
Caríssimos,
O convite do papa Francisco a uma
jornada de oração e jejum pela paz na Síria e em todas as nações afetadas pela
tragédia da guerra deve ser aceite com muita seriedade e compromisso por parte
de todos nós.
As imagens veiculadas por todo o
mundo e as contínuas notícias trágicas interpelam o nosso coração, a nossa
inteligência, a nossa fé. Por esta razão, eu vos convido a aceitar a proposta
do papa e a viver esse gesto de oração e jejum mesmo que seja em casa.
Queridos pais, não tenham medo de
propor aos vossos filhos um almoço austero e mínimo; será uma oportunidade para
lhes explicar o que está a acontecer no mundo e como esses fatos terríveis não
nos podem deixar indiferentes. Junto com a dureza das notícias, não se esqueçam
de comunicar a esperança da paz oferecida por Jesus ressuscitado, que
reconciliou o mundo não através de gestos violentos e vingativos, mas através
do dom de Si mesmo.
Não se esqueçam de convidar os
avós e as pessoas mais idosas para esse almoço feito de pouca comida e de muita
palavra; se algum deles tiver experimentado momentos de guerra, que partilhe o
que significa viver sob as bombas e na incerteza do amanhã; que relate qual era
o sentido das suas preces naqueles dias.
E vós, queridas crianças e
jovens, não se lamentem se, no sábado, não houver grandes pratos à mesa;
agradeçam aos seus pais, em vez disto, pelo que eles lhes estão a propor. Mais
ainda: exijam deles explicações e razões pelas quais vale a pena continuar a
viver nesta terra marcada tantas vezes por luto e por violência.
Juntos à mesa, rezai! Pelas
famílias da Síria, pelas crianças que morrem todos os dias por causa da fome e
do ódio, pelos governantes chamados a encontrar soluções para a paz e para a
não-violência. Recitar um salmo, ler uma passagem do Evangelho, rezar uma
dezena do Rosário, fazer algumas orações espontâneas em voz alta, cantar...
Cada família escolha o melhor modo de interceder ou de meditar sobre o mistério
do mal que marca a nossa história e sobre o Deus da paz que a cura e a salva.
Obrigado!
+ Vincenzo Paglia
Presidente do Conselho Pontifício
para a Família
Cidade do Vaticano, 4 de setembro de 2013
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